O Resgate.

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Lucius entrou naquele porão imundo e fedido, e olhou para o homem à sua frente. Snape estava tentando ao máximo não desmaiar, mas seu corpo estava cansado e dolorido, uma boa parte do sangue já estava seco, Draco ainda estava desmaiado, seu veela estava usando sua magia para proteger o bebe o que impedia o loiro de ter forças para acordar, se continuasse assim ele iria morrer e o bebê também.

-- Ele não mudou nada, fraco, sempre foi um fraco, lembro de quando fez a marca, a casa inteira lhe ouviu gritar em agonia, uma vergonha aos Malfoy. -- Lucius se aproximou do homem jogado no chão e pisou em seu rosto. 

-- Tire suas patas imundas dele.-- Severus disse com a voz falha. 

-- Pelo visto você também não mudou, sempre com esse ar arrogante, um mero mestiço se achando especial, você é um nada Severus. -- Lucius usou a ponta de sua bengala para fazer o moreno olhar para si. 

-- E você é um covarde que acredita ter algum poder, você não é nada. -- Severus sentiu a ponta de ferro do punho da bengala bater em seu rosto o fazendo cuspir sangue.

-- Eu deveria ter me livrado de você a muito tempo, nunca confiei em você, não passa de um traidor. 

-- Você sempre foi um invejoso isso sim, pois por mais que tentasse, Voldemort sempre confiou mais em mim, eu um mero mestiço tinha mais valor que o grande Lucius Malfoy, até teu filho e sua esposa te abandonaram. Você é um nada.-- Snape cuspiu o sangue que estava em sua boca no rosto do homem à sua frente o que lhe resultou no loiro lhe lançando um crusius.

-- Aproveite sua estadia enquanto ainda pode, vocês não passaram desta noite. 

Lucius saiu do porão subindo para o primeiro andar, parou em frente a porta do quarto onde Scorpius estava e olhou para o comensal na porta.

-- acorde ele  iremos embora ao nascer do sol. Leve só o necessário. 

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Harry não dormia, nem fazia questão de ir para casa ou comer, apenas tomava opções para ficar acordado e manter seu corpo em alerta , passava o dia e a noite no ministério, não tinha quem o tirasse de lá. Ele estava aos trapos, Hermione teve que lhe dar uma bronca para que o moreno no mínimo tomasse um banho. 

-- Harry. -- Ron apareceu na porta vendo seu amigo em um amontoado de folhas de papel.

-- Vá embora, estou ocupado. -- Disse curto e grosso sem olhar para o amigo. 

-- Eu sei quem os sequestrou. -- E assim ele conseguiu a atenção do moreno. -- Lucius Malfoy. 

-- Como ? Não, Lucius está morto.

-- E o que pensávamos, eu fiz um dos comensais que estava preso confessar, ele disse que o Malfoy quer vingança e forjou sua morte.

-- E onde ele está? Ele disse onde estão? -- Perguntou o moreno indo até o amigo e o segurando pela camisa. 

--Não, ele morreu em seguida, a algum tipo de magia de contrato, eles morrem se trair o Malfoy. 

-- Como fez para que ele confessasse? -- O moreno olhava o amigo à espera de uma resposta mas o mesmo não lhe dissera. -- Fala Ron. 

-- Eu o torturei. Crucios -- Disse baixo segurando o choro, Harry se afastou surpreso e assustado, Ron havia usado tortura em alguém. 

-- Eu...eu sinto muito -- Foi tudo que Harry pode dizer, a um motivo pelo qual esse feitiço é considerado imperdoável, é preciso ter sangue frio e muita maldade pra usá-lo em alguém ele não achou que Ron seria capaz de fazer aquilo, deve ter sido assustado para ele.-- Você não precisava….

--Precisava sim Harry, não sabemos o que eles podem estar fazendo, a cada minuto que passa as chances de que eles estejam vivos diminuem, se eu não tivesse feito isto não saberíamos sobre o Malfoy. 

-- Obrigado Ron. -- Harry sorriu fraco, aquilo era um grande passo. Eles passaram o resto da noite procurando onde eles poderiam esta, 

3:00 da manhã. 

-- Encontrei -- Disse Ron. -- A uma pequena mansão fora de Londres, apenas os comensais e a própria família Malfoy sabe sobre. 

Harry levantou em um pulo e pegou as folhas nas mãos do ruivo. -- Chame o máximo de pessoas que puderem, me encontre lá. 

--O que? Harry!você não pode ir sozinho, e se algo acontecer? É perigoso. 

-- Não vai acontecer nada se você chegar a tempo. -- E com isso Harry saiu sem que seu amigo pudesse ter a chance de pará-lo.

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--Esta tudo pronto. vamos. --Lucius disse para o lacaio que estava com Scorpius no colo, o garoto chorava, mas nada se ouvia, pois havia lhe colocado um feitiço silencioso, mas antes que pudessem descer as escadas dois  dos seus comensais havia sido jogado para dentro da casa, eles viram Harry entra na mansão, seus olhos carregavam puro, ódio. 

Lucius voltou para os fundos, ele usou uma escada escondida que levava direto para o porão, enquanto outros comensais tentavam para o Potter.

Harry não ia pensar duas vezes antes de matar Lucius, ele destruiria qualquer comensal que atravessasse seu caminho.

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Lucius usou uma poção para acordar Draco, o segurou pelos cabelos o obrigando a levantar e o arrastou pelos corredores. 

Draco tentava se soltar ao ver seu bebe chorando enquanto era carregado pelo comensal, ele não podia acreditar que seu pai estava vivo e que era o responsável por tudo aquilo.

-- Large a varinha Potter, ou o Draco sofrerá as consequências. 

Harry olhou para o homem à sua frente, ele segurava Draco  pelos cabelos e tinha sua varinha no pescoço do mesmo, Draco tinha o rosto banhado em lágrimas e Scorpius parecia assustado olhando tudo aquilo. 



Fruto de uma noite de inverno.(finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora