Ameaças do passado.

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Hermione havia acabado de chegar no ministério após um novo caso de assassinato, ela estava lotada de trabalho e se tratando de Hermione isso era inesperado. A garota também estava preocupada por não ter tido notícias de seu amigo, estranhava que Harry não ter mandado nem uma coruja perguntando sobre a investigação.

A garota estava em sua sala olhando os documentos do último comensal assassinado, Averá, era um dos comensais mais antigos, amigos de Snape durante sua época de estudante, ele havia dado os nomes de vários comensais em troca de não ir para Azkaban, o ministério deveria estar protegendo-o, mas Avera fora morto sem dificuldades como se os Aurores tivessem deixado e isso preocupava a morena, o corpo de Avera estava todo desmembrado. Claramente ele havia sido torturado, mas a garota sabia que não poderia falar de suas suspeitas no ministério, pois estava óbvio que havia inimigos ali.

Hermione terminou seu trabalho já tarde. As ruas se encontravam escuras e vazias, saiu do ministério indo para a casa de Harry, mas o mesmo ainda não estava lá, o que deixava a morena ansiosa, talvez devesse ir até a casa de Andrômeda.

- Senhorita Granger. - A morena se assustou pegando sua varinha do bolso a apontando para a criatura encapuzada no corredor escuro. 

- Abaixe a varinha senhorita Granger. - Snape saiu das sombras abaixando o capuz e se pôs de frente para a morena.

- O que faz aqui…? - Amorena abaixou a varinha se acalmando do susto. - E como entrou?

- Potter me deu a chave. Eu vim buscar alguns papéis sobre a investigação para ele. E sim ele está com Andrômeda. - Snape se pronunciou já sabendo que a morena lhe perguntaria isso.

- Por que ele não avisou a ninguém. Ele sabia que o ministério estava a sua procura. - A morena passou a mãos nos cabelos irritada.

- Não é seguro confiar no ministério e creio que a senhorita já saiba disso. - O moreno pegou uma pasta à diminuindo e colocando em seu bolso

- Sim… o ministério anda muito suspeito. Acredito que haja pessoas de dentro envolvidas nos assassinatos. Eu irei com você, tenho que informar o Harry sobre o que está havendo no ministério.

- Como queira, não irei impedir. - Snape entrou na lareira indo para a casa de Andrômeda, ao entrar não havia nem um barulho o que o fez estranhar. A casa nunca foi tão silenciosa neste horário, pegou sua varinha ouvindo Granger chega logo atrás de si e fez sinal de silêncio para a morena pedindo para que lhe seguisse subindo as escadas encontrou o corpo de Harry desacordado e ouviu um choro vindo de um dos quartos, correu deixando Hermione com o corpo desacordado de Potter e ao entrar no quarto Andrômeda estava extremamente ferida tentando acalmar Teddy que chorava assustado.

- Andrômeda o que houve? - o moreno apontou sua varinha para a mulher lhe curando o que conseguia.

- Eles os levaram. - A mulher falava com a voz baixa e cansada. - Eles levaram o Draco e o Scorpius, me perdoe Severo eu não conseguir fazer muito para ajudar.

Snape tentou manter sua mão firme sentindo a mesma tremer e sua voz falar eles haviam levado seu afilhado e seu pequeno Scorpius.

- Não se culpe, você fez seu melhor isto não foi sua culpa.

Após terminar de curar a maioria dos ferimentos da mulher Snape a colocara na cama. -Teddy tome conta dela ok eu já volto.

Snape saiu do quarto indo para o corredor onde Hermione estava com um Harry já acordado reclamando de dor em sua cabeça.

- Snape eu… - o moreno fora interrompido pela voz raivosa e falha de Snape.

- Poupe-me de suas desculpas Potter, não deveria tê-los deixado com você. - O mais velho saiu descendo para o primeiro andar atordoado parou na cozinha apoiando as mãos na mesa deixando grossas lágrimas escorrem de seus olhos, ele sempre havia sido alguém que não demonstrava sentimentos, mas só de pensar no que podia vir a ocorre com Scorpius, Snape já sentia seu mundo desabar. Como ele pode deixar aquilo acontecer? Jamais se perdoaria se os perdesse.

- Snape… - Severo se irritava só de ouvir a voz do Potter. 

- Saia daqui Potter...eu não quero ver a sua cara.

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Draco acordou ouvindo o barulho de água pingando, ao abrir os olhos viu que estava em um tipo de porão sujo e escuro, suas mãos estavam acorrentadas, havia apenas uma lâmpada no ofuscante, as paredes eram cinzas e descascadas com manchas de mofo e um cheiro horrível de esgoto, seu corpo estava dolorido encostado em uma parede as correntes de suas mãos atravessavam uma barra de ferro que ia do chão ao teto.

-Parece que a princesa resolveu acordar. - Aquela voz irritante Draco queria está com sua varinha agora para jogar um avada naquele idiota repugnante.

- Goyle onde está meu filho? se você tocar nele eu vou...

Goyle se abaixou e segurou o queixo do Malfoy com brutalidade o aproximando.

- Se não o que? Você não é nada sem seus capangas, mas não se preocupe, eu não fiz nada para seu filhotinho de cobra.

- Não fale assim dele, seu filho de uma megera. - Draco sentiu seu rosto arder ao levar um tapa. 

- Quem você pensa que é? Você não passa de uma vadia imunda - o mais alto segurou no pescoço do loiro o apertando com força - Aposto que Potter se divertiu muito quando fodeu você... mas era comigo que você deveria ter ficado. Malfoy sentiu o ar lhe fazer falta sua visão embasava e o loiro começava a se debater com os olhos lacrimejando.- Você deveria ser meu, mas preferiu ter um filho com aquele mestiço imundo..- Goyle se afastou soltando o pescoço de Malfoy que tossiu tentando recuperar o fôlego sentindo seus pulmões arderem. - Eu lhe disse Malfoy você será meu por bem ou por mal.

Assim que Goyle saiu do porão Draco se encostou de volta na parede deixando lágrimas descerem pelo seu rosto ele implorava para que alguém salvasse seu filho, tinha medo do que Goyle poderia fazer a Scorpius.

No último andar da mansão Scorpius estava sentado em uma cama que se encontrava em um quarto escuro, o menor estava trancado e chorava baixinho assustado e sozinho, o menor abraçava suas pernas em meio a escuridão daquele quarto.

- Papai..e..eu to com medo.- Scorpius falou baixo com a voz chorosa fechando os olhos que insistiam em derramar grossas lágrimas em seu rosto. 


Fruto de uma noite de inverno.(finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora