Sequestro.

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Harry estava no ministério junto a Sirius, para fazer uma reunião, com o ministro da magia, sobre o ocorrido em relação ao véu. 

-- Eu odeio tanta burocracia. --- Disse o mais velho despojado na cadeira. 

- O senhor Black poderia me dizer o que houve, no momento em que atravessou o véu? -- O ministro estava a sua frente e ao seu lado uma mulher baixinha de cabelos castanhos encaracolados anotava tudo o que Sirius diria. 

-- Eu senti algo me puxar, era como se tudo ficasse frio e sem vida, pior que um beijo de dementador, eu me vi em um lugar sem fim completamente branco e vazio. -- Sirius falava com uma expressão vazia e longe. 

Harry observava calado na arquibancada junto a outros autores, entre eles estava Ron, o que incomodou o moreno.

-- Não havia nada naquele lugar? senhor Black.

-- Vultos, vultos brancos de um lado para o outro como se estivéssemos em mundos diferentes, mas conectados, eles não podiam me ver ou ouvir. 

-- E como saio de lá? 

-- Depois de muito andar, avistei um espelho em meio ao nada, ele foi minha saída. 

-- O senhor passou todos esses anos vagando do nada? 

-- Para mim foram apenas algumas horas, me surpreendi ao ver o quanto tempo havia se passado aqui fora. 

-- Interessante, a algo mais que queira nos contar, sr. Black? 

-- A sensação ao passar pelo véu uma segunda vez, foi como se eu tivesse ficado com algo me sufocando e finalmente eu conseguia respirar outra vez. 

-- Senhor Black, apesar do mundo bruxo já estar sabendo da sua volta, ainda assim aconselhamos que não saia, e perigoso mediante a situação em que estamos.

Nós estamos estudando o véu e a sua colaboração seria de extrema importância. 

-- Não se preocupe irei ser cuidadoso e estarei a disposição para estudar mais sobre aquele véu, eu também estou curioso para entender melhor. 

O ministro agradeceu a Sirius e dispensou a todos da sala de julgamento, Harry saiu junto a seu padrinho feliz por tudo esta sendo resolvido, e o ministério ter inocentado Black pelo ocorrido a seus pais, tendo agora Rabicho, mesmo que já morto, como o verdadeiro culpado, finalmente Sirius estava realmente livre. 

Os dois foram parados por uma Hermione que parecia cansada, a mulher tinha olheiras e a pele pálida. 

--Harry-- A mulher o abraçou. -- Eu sinto muito, eu não sabia que o Ron havia feito aquilo. 

-- Tudo bem Hermione, fico feliz que você não esteja no meio disso. 

-- Eu jamais faria isso Harry, eu sei que você é o Ron estão brigados, e que talvez desta vez não voltarão a se falar, mas você ainda será padrinho do nosso bebê,ne? 

-- É claro que sim, você ainda é minha amiga, eu ainda te considero muito. 

Obrigada Harry-- A morena se afastou sorrindo. -- Mas como estão as coisas?

-- Estão indo bem, Gina e eu nos entendemos, tentaremos manter a amizade pelo Alvo, Sirius e Severus vão casar.

-- C..casar...?-- Perguntou confusa. 

-- Sim ele aceitou meu pedido -- Disse Sirius sorrindo. 

-- Nossa isso e… estou surpresa. -- Hermione passou as mãos nos cabelos. 

-- Espera só até descobrir que o Draco está grávido de novo. -- Sirius jogou um dos braços por cima do ombro da mulher. 

-- H...Harry? Você e o mal..digo Draco? 

- Sim… espero que não tenha nada contra nós estarmos juntos. 

-- É claro que não, Harry, eu só estou surpresa. Saiba que eu apoio o relacionamento de vocês.-- A morena sorriu.

-- Obrigado Hermione. 

-- Eu tenho que ir agora, minhas costas estão me matando. 

A morena se despediu dos dois e seguiu até seu marido Ron, Harry saiu do ministério com Sirius, eles passaram nas ruas trouxas de Londres para comprar um bolo, após comprarem um lindo bolo de chocolate eles aparataram para casa, Harry colocou o bolo na mesa e olhou em volta. 

"Está muito quieto" pensou o Auro indo até a sala, não havia ninguém no primeiro andar da casa, ele e Sirius se olharam pegando as varinhas e subiram as escadas, ao chegar no corredor ouviram o barulho de algo caindo em um dos quartos, eles seguiram até o cômodo e nada apenas um abajur caído no chão. 

O moreno viu um barulho de cabides dentro do guarda roupa, com a varinha em mãos Harry se aproximou cautelosamente e abriu o guarda roupa apontando a varinha.

Ele abaixou a varinha quando viu Teddy escondido entre os casacos, o garoto estava chorando e parecia assustado. 

- Tio Harry. -- Teddy se jogou nos braços do moreno chorando. 

-- Teddy o que ouve? Cadê todo mundo? --Perguntou Harry pegando o garoto no colo. 

-- Me desculpa, eu juro que não fiz por mal, eu juro.-- Falava o garoto entre choro.

-- Teddy calma respira. O que aconteceu.-- Harry colocou o garoto sentado na cama. 

-- Eles levaram, os homens maus com capuz, levaram eles. 

-- Mas como, eu coloquei um feitiço avançado de proteção na casa. 

-- É minha culpa, me desculpa. -- O garoto voltou a chorar. 

-- Como assim Teddy, o que houve? 

-- Eu estava brincando com o Scorpius aí a bola cai pra fora pela janela. E..eu fui buscar e o Scorpius me seguiu, eu não vi que ele estava me seguindo, acabamos saindo do campo de proteção e um cara apareceu pegando o Scorpius.-- O garoto secou as lágrimas respirando fundo para se acalmar.-- O tio Draco saiu com o Severus quando ouviram o Scorpius gritar. Outros homens apareceram, o tio Snape me mandou voltar para o campo de proteção, eu voltei ai os cara fizeram o tio Draco e o Severus desmaiarem e levaram eles. 

-- Droga, eu não deveria ter saído. -- Disse Harry frustrado e com raiva de si mesmo. 

-- Não é culpa sua Harry. Ninguém iria achar que os comensais estavam vigiando a casa vinte quatro horas. Nós vamos salvá-los.-- Sirius se abaixou ao lado do mais novo, tentando parecer calmo, mas na verdade estava em pânico, com medo do que poderia acontecer a seu noivo.

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Severus estava em um porão pendurado na parede pelos braços, seu corpo estava dolorido e sua roupa coberta de sangue, Draco estava a sua frente desacordado, ainda com os olhos abertos, Snape pediu a Merlin que o loiro ainda estivesse vivo após um sessão de crusius como aquela. 

-- Então conseguiu algo? --Perguntou Lucius sentado na poltrona daquela pequena casa fedida. 

-- Não senhor, nós tentamos legilimente nas os dois são mestres em oclumência. -- Disse o lacaio. 

-- E vocês tentaram tortura? -- Lucius balançou o vinho na taça enquanto observava o pequeno menino loiro acorrentado no canto da sala, o garoto chorava compulsivamente, mas nada podia ser ouvido, por causa da barreira silenciadora que Lucius fizera. 

- Sim senhor, mas eles não disseram nada. E um deles desmaiou. O draco. 

-- Tcs, inúteis, Fracos, bem eu tenho a criança, isso é o suficiente, torturados até que falem, ou até que moram o que vinher primeiro, mas antes, me avise quando o Draco acorda, quero ver-lo antes de sua morte, para que ele saiba que continua um inútil. 

- Sim senhor. Com licença. -- O lacaio se curvou saindo da sala. 

Fruto de uma noite de inverno.(finalizada) Onde histórias criam vida. Descubra agora