"Lembro-me perfeitamente do fim de tarde banhando pelo mar cor-de-rosa,
com o cheiro das rosas que você me
deu, dançando pelo meu olfato.
Mesmo que eu detestasse
rosas. Completando tudo, as meigas
e nem tão inocentes carícias,
expondo para quem quisesse ver
que nós - a lua e a estrela -
pertenciamos um ao outro.Mas assim como tudo referente a
você, as juras, o céu róseo e o cheiro
da minha flor - não tão - favorita foram sumindo. Hoje em dia eu luto
diariamente para lembrar o som da
tua voz, mesmo sabendo que vou
falhar. No entanto, quando estou no
meu silêncio sinto os braços
protetores do teu fantasma me
abraçando.- Meu (agri) doce conto de fadas
Codinome: Lara Grace.[Capítulo 46: Castelo.]
Os Nie tinham ido embora e os senhores Jiang estavam esparramados em sua cama, tendo Lan Juan com a cabeça sobre o colo do amado, recebendo um gostoso cafuné nos fios curtos. Vez ou outra sentia alguns pequenos nós serem feitos ali, talvez tentativas falhas de uma mine trança. O casal era particularmente adepto ao silêncio, mas daquela vez, o ar era pesado e tudo ali fazia os dois homens terem a mente vagando pelos sobrinhos e filho.
Em especial, o Jiang estava absorto em seus pensamentos de uma forma um tanto preocupante. O passado assombrou sua família por longos e longos anos, seja com o descaso de seu pai, o pulso firme de sua mãe, o sentimento de inferioridade para com seu irmão de coração ou a queda de seu lar. Naquele tipo de momento ele percebia como havia evoluído como ser humano.
Por longos anos, dia após dia, sem interrupção alguma buscou a aprovação alheia. De seu pai, mãe, irmãos, discípulos. No entanto, da forma dura e cruel a qual tinha como realidade, aprendeu que na posição de líder que tinha as pessoas precisavam de sua opinião, aprovação e permissão. Além do mais, antes mesmo de se casar com a Primeira Jade e de adotar um certo Lan hiperativo, ele foi pai e mãe de uma pequena e mimada criança tão ou mais desamparada que ele naquela idade. Ali, usufruindo de sua segunda vida, podendo ter a chance de repensar o que viveu admite que precisava de um psicólogo. Mas estava orgulhoso de si mesmo.
Lutou por si, para sobreviver aos monstros de sua própria mente e agora, olhava para trás e sentia alívio. Mesmo que houvesse de demorar, sua maturidade chegou além de sua evolução. Aprendeu a perdoar, a guiar os outros como quis um dia ser guiado. Se tornou um líder exemplar, um pai para dois órfãos, um esposo, um tio e um irmão.
- Meu bem. - Xichen o chamou, passando a costa de sua mão pela bochecha alheia. Viu o marido lhe lançando um olhar que não soube decifrar. - Você olhou a marca dele?
Cheng suspirou e passou a ponta de suas digitais pelo rosto da Primeira Jade. Maneando a cabeça em concordância. - Não acho que aquilo seja uma marca perfeita, parecia...
- Podre. - Huan completou. Ao que ambos se referiam era a marca posta na mão do último Líder Nie. Aquela parte do corpo do imortal era adornada pelo desenho de uma adaga unida a papoulas. O significado de ambos não eram lá algo bom. A adaga representa o amor e a justiça, o fato de estar pronto ou que não se assusta aos desafios da vida. No entanto, a flor de papoula representa principalmente, a falsa paixão.
- A-Huan, eu acho que ele não chegou a reencarnar. Talvez nem morrido tenha. - Cheng disse pensando alto, ainda acariciando o marido. - Eu acho que ele tem mais tatuagens escondidas embaixo da blusa de manga comprida, mas não tenho certeza se alguma delas é a marca perfeita.
- É de dar pena. Mas, o que ele fez exatamente? - Aquilo era uma grande quebra das regras de GusuLan, mas não ter uma marca quando se tem um parceiro é doloroso em todo os sentidos.
- Acho que ele foi amaldiçoado. Ter uma alma gêmea e renega-la é cruel para ambos. Huaisang negou e rechaçou A-Ning, disse em alto e bom som que os deuses erraram em por um "Cão Wen" como sua alma gêmea. Aquilo foi horrível, eu e Wuxian sentimos nossos corações doer, não imagino o que ele sentiu. - Cheng ganhou uma expressão pesarosa ao pensar em seu amigo. - Eu e A-Xian ficamos tão irritados que discutimos com ele. Wen Ning nem conseguiu se mexer, parecia em choque, meu irmão precisou acalma-lo e eu me irritei. Parti pra cima de Huaisang, acabei batendo nele. Depois disso, jamais deixei o Nie chegar perto de A-Ning, assim como nos dois não queríamos ficar perto dele.
- Acha que ele vai tentar reconquista-lo?
- Mesmo sem ter lembranças, não sei se Wen Ning iria querer recomeçar. Ele sofreu muito, Gege.
[🐅🐯]
A médica de sobrenome Wen andava com o auxílio da muleta pelo hospital. Depois de quase três semanas de internação e certas angústias, finalmente podia sair daquele lugar branco e com cheiro de alvejante.
Particularmente a mulher se preocupava com o irmão e a família, não estava vivendo em uma gruta. Soube de tudo o que houve pelos últimos tempos e o bem estar mental de seu irmãozinho era algo deverás delicado. Por algum motivo desde que nasceu, A-Ning tinha problema para dormir, além de ter certos problemas em confiar e se aproximar das pessoas. Tornando absurdamente difíceis qualquer aproximação que possivelmente viessem a ocorrer.
Sem que percebesse, uma das muletas da mulher se enganchou em um dos fios de um carrinho de oxigênio alheio. Poucos segundos antes de um desastre acontecer a Wen percebeu e quase gritou para a dona do carrinho parar. A outra mulher era meio baixa e tinha cabelos bem longos e bem cuidados, não tinha certeza se era real ou uma peruca feita de cabelos humano e muito bem acabada.
- Ahn... Pois não? - A menina pequena e de traços que lembravam minimamente traços asiáticos perguntou um tanto quanto assustada pelo chamado de forma esganiçada e desesperada.
- Minha muleta prendeu no seu cilindro. Eu sinto muito por gritar, apenas me desesperei. - A Wen falou com certo embaraço, ganhando um rubor em suas bochechas e apontando para a gambiarra logo embaixo. Não podia fazer muita coisa, afinal não podia desatar o nó pois não podia se abaixar.
- Ah, só um segundo. - A menina se agachou e de forma delicada foi tirando os nós, tomando cuidado com a muleta alheia. - Prontinho. Eu não vi antes, desculpe.
- Desculpe também, por gritar e te assustar. - Ambas sorriram para a outra, ambas com bochechas rosas e olhares tímidos. - Eu... Eu me chamo Wen Qing.
- Eu sou Mina Albanck. Mas, todos me chamam de Mian... MianMian na verdade. - Ela sorriu e estendeu a mão com um adorável sorriso no rostinho um pouco redondo. - É um prazer.
- O prazer é todo meu.
⭐ A tatuagem na mão do Huaisang:
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Circus Game
FanfictionEm uma reencarnação, os irmão Lan continuam com todas as memórias de seus parceiros. Empenhados em acha-los, não imaginavam que um assassinato era o que ocasionaria esse encontro. No entanto, para o sonhando final feliz, teriam de garantir que a tra...