SuperNova

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"Eu te conheci na Califórnia
Voce disse que o amava na
Georgia
Seus corações no chão congelados
Meu coração está no céu
supernova."

- SuperNova, Ansel Elgort.

[Capítulo 54: SuperNova.]

Naquela torpe madrugada, as 03:20 da manhã, a equipe responsável pelo caso Xue ChengMei estava na delegacia enquanto Stevam tentava tirar alguma coisa da mulher sob custódia. A maioria já havia dormido nas cadeiras giratórias dos escritórios, o resto estava a observar a tentativa de interrogatório a LingJiao. Mas haviam aqueles, como os irmãos Lan, que estavam a procurar alguma blusa entre os vestiários da polícia.

- Nada do meu tamanho, teve sorte? - Lan Huan disse ao irmão enquanto desistia de procurar uma roupa descente e voltava a por sua blusa com respingos do sangue de LingJiao. Huan viu o irmão aparecendo no fim do corredor de armários com uma blusa de malha e mangas compridas que mal cabia em si de tão apertada que estava. - Ahn, consegue ao menos respirar?

- Na verdade? Não. - Zhan disse enquanto lutava com a blusa que não sabia como havia se metido e honestamente não sabia como iria sair. A blusa que terminava antes de seu umbigo parecia grudada em si e começava a lhe irritar. - Me ajuda, homem! - O Lan mais novo disse pois já havia escutado a custura estalar em alerta. Lan Huan se dignou a rir do irmão e tentar puxar a roupa de seu corpo. - Aí! Isso é meu cabelo, Huan!

- Desculpa, desculpa. - Após muitas risadas e muita força, Lan Zhan estava finalmente com o dorso livre de tecidos. O caçula olhava pelos bancos do vestiários procurando sua blusa que, graças a deusa, não estava com sangue porém havia ganhado uma queimadura na mão graças ao cano da arma.

- Wei Ying não me atende. - Huan viu a face do irmão, olhando a expressão pesarosa. Aliás ele mesmo não estava diferente pois Jiang Cheng não só o atendia como vizualizava suas mensagens e não as respondia. - Espero que seja por estar dormindo.

- Jiang Cheng me ignora... - Huan suspirou. Deviam estar irritados por terem sumido e ainda chegariam machucados e sujos de sangue. - Vou morrer. Cheng vai me matar com um travesseiro. - WangJi franziu o cenho em uma careta de interrogação.

- Isso é possível? - Ele se sentou junto ao irmão no banco de metal enquanto desabotoava sua camisa, antes branca, agora um tanto cinza.

- Não conhece meu marido, irmão. - Xichen ouviu o irmão sorrir e não resistiu em lhe tombar o ombro. - Mestre Wei não vai ficar feliz não. Esta com problemas tanto quanto eu.

- Estou mais preocupado com Suibian, aquele gato vai voar no meu rosto. Não era mentira, Suibian já havia se mostrado bem agressivo caso algo acontecesse a seu dono e mesmo tendo apenas um olho no pequeno rostinho ele tinha uma boa mira. - Acha que ela vai falar? - O clima ficou tenso de forma subta e por alguns segundos tudo o que se escutava era unicamente as respirações fundas de ambos os Lan.

- Eu não sei o que esperar, ainda não acredito que ele 'tá sobre custódia. Foi...muito fácil. - Xichen proferiu enquanto apoiava o cotovelo sobre o joelho e usava a mão de suporte a cabeça. - MingJue me disse a alguns dias que por estarem em forma semi-humana ele iriam se deixar levas pelas emoções em algum momento, mas... Não sei, Zhan. Eu ainda não me sinto melhor.

- Talvez devêssemos ir afundo na energia ressentida em Rudolph, talvez ele não seja só um ser podre e desprezível. - O caçula disse ao se levantar, passando a mão esquerda pela nuca e sentindo o lugar pinicar. Wei Ying estava agoniado. - Lembra do número de telefone que acharam no bolsos de Xue?

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