Colorful Heaven and I commend my spirit in a turn world

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"O paraíso é um céu colorido com as chamas do inferno
É bom se sentir livre e selvagem?
O paraíso é o jogo do faça ou morra."

- Angels Forever, Lana Del Rey.

[Capítulo 62.1: Paraíso Colorido.]

Entre milhares e milhares de anos, o ser humano tem de por a culpa de seus atos e escolhas ruins em situações denominadas de destino. Fato que, entre os deuses regentes deste mundo, lhes garanto que não há destino. Quando Odisséia¹ lhes permite a vida lhes é dado uma tela em branco, onde pouco a pouco cada ser pinta sua história. Seja com as pinceladas suaves de uma aquarela, ou com os tons fortes de uma tinta acrílica. Muitas vezes, eram feitas com os difíceis traços do carvão.

Mesmo tendo a liberdade como presente dado pela Mãe Regente, muitos homens pecam em privar sua própria prole. As vezes o mundo é injusto e te induz a fazer aquilo que não lhe agrada, ou que lhe é sinônimo de Dor.

Dor muitas vezes gerada a partir da ignorância perante o que deveria ser natural de todo ser humano: A Humanidade.

Tem em vista o desrespeito, do seio da Mãe Celestial nascerá as Esferas da Alma².

Cattleya³: em toda a sua magnitude, agora abrigava a pobre alma de uma criança que havia tido o corpo maculado por prazer de uma mente conturbada. A forma translúcida do garoto agraciado com os cabelos de raios de sol brincava por entre o espaço aberto. Não lembrava quem era, ou como fora parar ali, mas estava feliz por sentir o corpo ser rodeado de uma áurea quente e acolhedora que apenas Lyssa⁴ lhe poderia oferecer.

A mulher sentia uma profunda raiva ao ver um de seus pequeninos sendo maculado por almas que já lhe deram tanto trabalho. Quando Chac⁵ lhe avisou que o ciclo recomeçará, ela quis fielmente acreditar que aqueles três haviam sido esquecidos no Limbo⁶. Ou talvez, estivessem a baixo da terra fedida de Lisianthus⁷.

O sorriso da criança recém chegada lhe fizera um carinho em seu coração, a fazendo esquecer o ódio que lhe corroía. Se prender em tal sentimento parasita não mudaria nada. Não mudaria a dor que a criança sentirá, ou a levaria de volta aos braços de sua mãe. Lyssa apenas garantiria que, assim como seus outros pequenos, o com os fios de ouro fosse feliz e que estivesse em paz.

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"Acredite em meu suicídio presunçoso
Eu choro quando anjos merecem
morrer
Em meu suicídio presunçoso
Eu choro quando anjos merecem
morrer."

- Chop Suey, System of a Down.

[Capítulo 62.2: Eu entrego meu espírito.]

Dos belos sentimentos de Cattleya, agora entravamos no vasto desespero de Lisianthus. Por muitos milênios, a terra podre fora alvo da constante ganância e ódio de Emóra⁸. O Lorde do Submundo menosprezava tudo aquilo que sua ex-esposa representava.

Odisséia era o bem e era aclamada da forma que ele jamais seria.

O rancor se enraizou pela terra de Lisianthus, tomando conta do solo e do ar. Se transformando em algo tão denso e ruim que nem mesmo Chac e todo o seu poder como Senhor da Guerra poderia domar. A chamada Energia Ressentida extravazava por entre a terra e passava pelo Limbo, sendo atraída para Cíclio⁹ como um parasita em busca de um hospedeiro.

Tal localidade lhe era quente e incômoda, onde a dor ocasionada e a falta de humanidade lhes corroía o que restava de alma.
Transformando-as nas besta que se mantinham escondidas sobre o preconceito velado e sobre a falta de humanidade mascarada de sensatez.

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