I don't know if I can do it

505 70 5
                                    

⚠️⚠️ ATENÇÃO O CAPÍTULO A SEGUIR CONTÉM CONTEÚDO EXPLÍCITO DE SANGUE, MORTE E TENTATIVA DE ASSASSINATO. CUIDADO AO LER.⚠️⚠️

"Aquele sou eu no canto
Aquele sou eu sob os holofotes
Perdendo minha religião
Tentando te acompanhar
E eu não sei se eu consigo fazer isso."

- Losing my religion, R.E.M.

[Capítulo 69: Eu não sei se consigo fazer isso.]

Parecia em câmera lenta, Huan via a caneta tinteiro indo em direção a sua marca; a face maníaca com olhos que brilhavam de um jeito assustador e por fim, sua própria mão indo ao encontro do objeto sendo usado como arma para tentar impedi-lo. Não sabia o que aconteceria se sua marca fosse maculada, mas não queria descobrir.

– PARE! – Xichen dizia ao sentir o sangue escorrendo por sua palma, sentindo a ponta da caneta tinteiro¹ lhe perfurando a carne de forma bruta e retalhada lhe causando dor, mas a adrenalina em seu sangue não lhe permitia sentir isso no momento.

– EU LEVEI ANOS ESPERANDO VOCÊ CHEGAR EM EDIMBURGO! ANOS, LAN HUAN! – Yao gritava ensandecido enquanto retirava a caneta que havia atravessado parte da primeira chamada de pele da mão alheia. Via fascinado o sangue de quem tanto amava escorrendo pelas mãos grandes, manchando a manga da blusa de tecido caro e se espalhando pelos braços fortes e repletos de músculos.

Novamente o ex-Jin levantou o objeto pontudo e o tentou enfiar no outro, desta vez no tórax. Xicheng segurou-lhe o pulso, forçando a única mão a reunir toda a força em seu próprio corpo. Os corpos se debatiam em uma tentativa de vitória pessoal, ocasionando em papéis e materiais que estavam sobre mesa do escritório a voarem pelos ares.

MengYao percebendo que perderia para a grande força Lan, permitiu que apenas sua canhota brigasse com o mais alto levando a destra até a ferida aberta dele e usando as unhas de tamanho médio para a deixarem em um estado mais crítico, aumentando sua fundura. Huan gritou alto pela dor, sentindo a ferida latejar e jorrando ainda mais sangue por ter se tornado mais grave.

Sentido-se fraquejar o Lan soltou a caneta, curvando o corpo para frente na tentativa de amenizar a dor em sua mão, se deixando quase que agachado. Sentiu a dor em seu rosto quando o mais baixo lhe chutou a face, fazendo sua cabeça tombar para trás e se chocando com violência na madeira da mesa, deixando o barulho alto ecoando pela a sala. A visão de Huan se tornou preta por alguns instantes, sua audição falhou e por alguns segundos se manteve na inércia com o corpo leve e alheio ao mundo real. Seus olhos se fecharam por instinto e seu corpo relaxou.

Tudo era leve como se estivesse sentindo os sintomas do início de um cochilo á tarde.

Quando sua mente voltou a ter sintonia com seu corpo seus olhos se abriram de forma rápida, ardendo pela luz forte que emanava da lâmpada e refletia nas paredes brancas; obrigando-o a os fechar de novo. Havia outro peso sobre seu corpo e algo quente em seus ouvidos que escorriam até seu pescoço. Sentia o corpo contra o chão duro e frio de mármore, deitado de forma desleixada e com membros organizados de forma indevida, ocasionando partes de seu corpo com má funcionamento de seus nervos e deixando-os com a sensação de formigamento.

– Abra os olhos, meu amor. – O peso sobre si se remexeu, sentando sobre seu abdômen e tocando com os dedos ásperos no rosto bonito como Jade. O toque lhe trazia nojo, o peso lhe dava falta de ar e a voz que tentava passar doçura lhe dava medo. O Lan se recusou a encarar novamente aqueles olhos demoníacos, se manteve quieto no chão, fingindo não ouvir a ordem e martelando em sua mente como se livrar de tal situação. O toque podre alcançou a lateral de sua cabeça, ambas as mãos tocando uma de cada lado sobre suas orelhas; a cabeça lhe foi erguida e unida de forma violenta com o chão. – EU MANDEI ABRIR, SEU FILHO DA PUTA!

Circus Game Onde histórias criam vida. Descubra agora