Circus Game

Love, Pain and Possession

"Meus caros leitores, eu frequentemente questiono-me:
Vocês sabem o que torna o amor tão bonito?
Muito provavelmente, qualquer um diria que é por que dois corações encontraram a paz juntos e toda essa conversa barata e clichê. O que não é mentira, mas é uma resposta incompleta - Por assim dizer.

Senhoras, senhores, seres não binários, bigêneros e gêneros fluídos,
o amor é bonito porque é simples.
Não há segredo ou mistério é apenas aquilo. Porém o ser humano é incapaz de ver isso, pois a felicidade
de uns significa a raiva ou
desconforto alheio apenas porque
não é ele ali.

[...]

Esta humilde autora de contos, está aqui para lhes lembrar que: Amor verdadeiro nem sempre vem de um parceiro. Muitas vezes a tão sonhada alma gêmea não está em um
amante.

[...]

Olhem com toda a atenção para o mundo ao redor de vocês, olhem
como existem pessoas com uma conexão profunda e que irradia amor em uma geração marcada pela frieza de uma tela de celular.
Muitos esquecem, que antes do príncipe resgatar a Branca de Neve, ela tinha achado um final feliz
vivendo com os anões.
Não usem razão para o que apenas o coração entende. Não ponham dificuldades no que é tão simples. Coisa de simplicidade e beleza não precisam ser explicadas, apenas apreciadas."

- Conversas Fugazes, Codinome: Lara Grace.

[Capítulo 65: Amor, dor e possessão.]

Não havia palavras que pudesse lhe definir com mais perfeição do que náusea. Segurava o pedaço de papel emitido pelo Juiz - um mandado de última hora que conseguiu graças a um dos amigos de seu pai - com tanta força que talvez pudesse rasga-lo. O peito martelava em angústia, ódio, nojo e rancor. Esperava tudo, menos uma cena daquelas.

Graças a sua vontade de afundar a Lótus, usou a morte de seu pai para conseguir uma permissão de revira-la. Yao sempre fora bom em se fazer de coitadinho de toda forma, era simples. Com LingJiao sendo burra para ficar no departamento de polícia esperando seu julgamento, lhe restava XuanYu ir consigo para averiguar a situação. Só precisava que ele se mativesse disfarçado.

Porém, quando estavam no estacionamento da grande empresa os ouvidos desenvolvidos por milhares de anos entre o Ciclo e Lisianthus captaram um sinfonia estranha. Ouvia WangJi e Wuxian em relações sexuais e revirou os olhos quando Yu ficou com raiva, mas, ali ele também ouvir um ganir sôfrego e de luxúria iminente. Dentro do ginásio, só a alguns metros de si, Huan tocava em Jiang Cheng como se tocasse uma obra de arte rara e bela, ao menos tempo em que usava o corpo dele como fonte de prazer. Ambos os Lan emanavam tanto amor e tesão que ficava tonto.

No entanto, o gemido alto e deleitoso que ouviu sair da boca de Lan Huan fora o fim para si. Xichen nunca nem o abraçou! Sempre que tentou contatos carnais o próprio Lan o barrava e nem sequer sinais de excitação ele sentia. Então por que com o Jiang era diferente? Por que tinha de beijar o chão que ele passava? Por que tudo para Huan tinha que ser Wanyin?

Enquanto Tony se martirizava com os pensamentos de obsessão e dor, Mo XuanYu se mantinha borbulhando em raiva. Sentia dali do estacionamento a forma carinhosa que WangJi traçava o corpo do marido com a boca, ao mesmo tempo que o fazia gemer embargado em tesão. Era nojento pensar que quando pediu ajuda, tudo que Wuxian fez foi usar seu corpo. Maldito bastardo.