Polisopo

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Polisopo (adj.)
É quando o difícil do mundo da um tempo. Do grego: pausa na dor.

- João Doederlein

[Capítulo 3: Polisopo.]

De um ponto de vista social, estar solteiro é muito bom, já que você tem a oportunidade de "se divertir", mas, nem sempre isso é algo a se pensar ou aproveitar. Jiang Cheng, por exemplo, nunca viu nenhuma graça ir para as festas em sua faculdade, não que fosse careta, mas beber até cair e depois acordar no dia seguinte numa cama de veterano porque transaram muito bêbados, não era sua concepção de "Diversão". Ainda mais agora que Xue Yang morreu.

Ele e seus irmãos não eram amigos do Xue, eram bons colegas, mas apenas isso. Ele sempre se insinuava para todos e era desconfortável, se não fosse um dançarino tão bom, teria sido expulso, já que era o "delinquentizinho", porém até era uma pessoa aturavel. Mas, mesmo assim, não podia deixar de sentir pena do outro e da família.

Pelo pouco que sabiam, a senhora Xue era dona de algumas lojinhas de doces na cidade, não eram ricos, mas viviam muito bem. Ela tinha engravidado cedo e logo viu que o pai do menino não vali um centavo, então juntou toda a coragem e infrentou o mundo, por si e por seu filho que ia nascer. Ela era uma boa mãe. O Jiang lembrava de quando eram adolescentes e iam até a doceria para comprar seus chocolates com morango, ela era sempre sorridente e simpática, sempre um amor, mas, ela não sorria mais. Na verdade, a loja quase não abria mais, ela estava em um grande luto.

Pelo o que havia conversado com sua mãe, Cheng - e até YanLi - achavam que ela iria culpar a empresa, ou seus donos já que seu filho foi achado ali, mas ela não o fez. Apenas disse: "Se existe um lobo escondido, que culpa as ovelhas tem?". Por um pedido dela, o caso não foi para a mídia, os senhores Wei e Jiang até disseram que isso ajudaria para achar o assassino e que eles assumiriam todas as despesas, mas o mesmo "não" foi ouvido. Seria uma exposição negativa para ela, para o falecido filho e para a Lótus.

Sua irmã ia visitá-la sempre que podia e ela recebeu a a jovem com muito prazer. Ele e Ying foram algumas vezes, mas não sabiam muito o que falar, mas a moça sempre disse que gostava de receber visitas para se distrair. Seus pais também foram vê-la, principalmente a senhora Wei, já que virou a médica dela.

- Da-ge! - Sentiu um tapa ser desferido em sua nuca, junto a voz de um Wei Ying impaciente. - Seu telefone tá tocando, imbecil! - Estavam em um dos jardins da faculdade, era raro estarem juntos ali, já que seus horários normalmente não batiam.

- Doeu, seu maldito! - Iria deferir alguns palavrões ao mais novo e talvez outro tapa, mas sentiu medo pela ligação ser da mãe. Não que a senhora Jiang fosse uma mãe ruim, mas ela nunca devia ser contrariada

Nesta vida, os antigos senhores do Pier Lótus não foram obrigados a se casar, se conheceram e se apaixonaram por si só, não pode negar que isso facilitou que a alegria e que o coração da "Aranha Roxa" fossem mostrados. Pode não parecer, mas mesmo em sua primeira versão, o amor sempre foi recíproco, mas a mágoa e idealização de que o coração de FeangMin pertencia a CangSan, tornaram aquela mulher confiante e madura, em uma insegura e explosiva. Mas a vida não era mais assim, as picuinhas do passado estavam enterradas lá.

Ligação On.

- Mãe? Algum problema?

- Bom dia pra você também, Moleque! Não é um problema, só quero saber se você e seus irmãos lembram que tem pais. Ah! E você tem treino no trapézio amanhã - Cheng revirou os olhos para o drama de sua mãe. Era mais fácil só dizer que estava com saudades.

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