Say my name

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"Não me bloqueie, desista
O eu do passado está queimando agora
Nós não queremos nenhum problema
Apenas seguindo em frente".

- Say My Name, ATEEZ.

[Capítulo 15: Diga meu nome.]

A madrugada foi repleta de interrogatórios e perícias, liberando de pouco em pouco todo aquele mar de pessoas. Porém, não adiantaria muito, afinal, o responsável já havia se dissipado por entre as sombras dos pilares das tendas.

Ambos os Lan estavam exaustos. Fizeram as mesma perguntas para todos ali e assim como suspeitavam, Wen Qing não passava de uma vítima do acaso. Estava no lugar errado, na hora errada, mas de uma coisa tinham certeza: A assassina apenas atacava reencarnações.

Isso era bastante problemático. Afinal, poderia ser que Xue Yang não fosse a primeira vítima, talvez seja apenas a primeira que se tem conhecimento. O tempo era curto, a pressão grande e o medo dela voltar a matar, avassalador.

Xichen, especificamente, se sentia frustado. Queria ter passado a noite com o marido, matando um filete de saudade, mas graças aquele verme, teve os planos adiados. O que mais lhe era ruim, era ver como o Jiang parecia mexido com tudo aquilo, e assim como o irmão, manter a face neutra que não chamasse atenção. Patético.

Já passava das quatro da manhã quando ambos os irmãos chegaram moídos, exaustos e frustados em casa. Deixaram um assassinato acontecer em baixo do nariz deles, de novo.
Ambos deixaram as pastas no sofá e logo se sentaram. Lan Zhan no sofá e Lan Huan na poltrona, ambos suspirando de forma audível quando sentiram o corpo relaxar sobre os estofados. O silêncio pendurou enquanto se recompunham, até, ironicamente, WangJi quebra-lo.

- O líquido preto, Emilly disse ser sangue coagulado. Não bate com o sangue de ninguém que estava na fundação hoje.

- Então, não o entrevistamos. - Xichen suspirou alto e cansado - De volta a estaca zero. Durante a tarde, vamos pedir ao laboratório pra analisar os comprimidos. - O mais velho se virou ao irmão de repente, como se lembrasse de algo - WangJi, o assassino já foi um cadáver!

- O quê?

- Pense comigo: Quando Wen Ning era adolescente, no recanto das nuvens, sempre que ele entrava em contato com energia ressentida, cadáveres ou marionetes, ele tinha alguma crise, ou era possuído. E se foi uma reação conjunta, o choque da irmã e o trauma de uma vida passada? - Huan andava pela sala, pontuando suas ideias, sendo acompanhado pelo olhar dourado de seu caçula. - Eu mesmo senti energia ressentida no sangue, se eu senti, ele com certeza sentiu.

- As chances de ser são pequenas, irmão.

- Mas ainda é uma chance. - Huan foi até sua pasta e de lá tirou papel e caneta, logo se sentando no sofá e fazendo a pasta de apoio para escrever no papel - Quem foi atingido ou possuído na nossa outra vida?

- Xichen, você vai fazer uma lista? Nem sabemos se estão aqui! - WangJi via uma ligação nas ideias do irmão. - E se for coincidência? - Zhan olhou o irmão e sabia exatamente o que ele iria dizer. Derrotado, WangJi se arrumou no sofá - Não exitem coincidências, eu sei. Bem, começou pelos Lan que foram usados como marionetes pelo ferro Yin.

Ali, naquela sala, ambos os Lan seguiram lembrando possíveis vítimas da energia ressentida e do amuleto do tigre estígio. As sete da manhã, já haviam feito uma lista completa com muitos suspeitos, mas era melhor que nada, afinal.

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