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"E eu sou melhor do que alguns cretinos
Vou te consumir até se esvair".

- Lu, Luhan.

[Capítulo 56: Cretinos.]

Lan Zhan estava apavorado e um tanto trêmulo. Ao chegar no apartamento de seu Wei Ying tudo o que achou foram as luzes apagadas e um travesseiro e cobertor sobre o sofá, por breves segundos não achou que Wuxian fosse mesmo lhe obrigar a dormir ali, longe dele. Mas quando tentou entrar no quarto tudo o que ouviu foram os rosnados de Suibian e um travesseiro sendo jogado em sua direção. Alguma coisa lhe dizia que seu marido estava bravo.

Não tendo muita escolha o Lan se dignou em dormir na sala mesmo. Mas agora já se passavam das dez da manhã e Wuxian andava pelo apartamento como se ele não estivesse ali e mais, todas as vezes que tentou tocar ou falar fora recebido com um: "Está ouvindo alguma coisa, Bian?".

Ele falava com o gato mas não consigo!

Sentado na poltrona da sala e vendo o marido ir em direção ao quarto com uma porção de morangos em uma tigela WangJi concluiu que bastava. Wei Ying tinha o direito de se irritar, mas não de ignora-lo tanto. Lan WangJi só tinha a pose de bandido mal, precisava do carinho do marido.

Ainda com o calça do pijama e uma face emburrada WangJi andou pelo corredor da casa e se encostou no batente da porta de seu quarto e do marido. Ao se esgueirar com medo de algo lhe atingir, pode perceber que Wuxian estava deitado de lado na cama e de costas para a porta, usando uma de suas camisas sociais como pijama. Talvez jogando alguma coisa no celular a julgar pelo som alto de tiros. Engolir em seco fora inevitável.

Da porta o Lan vou que contrastando com o colarinho de sua blusa estava sua marca e talvez aquele fosse um bom lugar para começar a se aproximar sem morrer. Com a ponta do dedo médio e do dedo indicador Zhan acariciou seu próprio pescoço, sorrindo ao ver o Wei ficar tenso na cama e logo soltar o celular e ficar apenas comendo o que restará dos morangos. Os toques leves viraram uma pequena massagem e Wuxian ainda não tinha virado para si.

Com muito cuidado o detetive se aproximou da cama e se deitou ali, chegando perto do marido e encaixando-se no corpo alheio. Sempre lembrando de beijar o pescoço dele para não dar tempo de ser chutado da cama. Ok, até agora tudo bem.

Ficaram alguns minutos assim, ambos deitados na cama com um Lan beijando e acariciando o outro. Mesmo que o corpo alheio ainda estivesse tenso, WangJi sentia ele ceder aos poucos. Segundos e Wuxian se remexeu, obrigando Zhan a parar de brincar com sua marca perfeita, mas logo o corpo do patriarca se virou para o marido, entrelaçando ambas as pernas e pousando sua cabeça no peito alheio desnudo.

A mão direita de Huanguang-Jun passou sobre a cintura alheia, o trazendo o mais perto que podia de si. Deixando os corpos sem nenhum espaço entre eles. Passou sua perna por entre as do marido, querendo que ficassem entrelaçadas realmente e por fim passou a dar beijos no rosto do marido, vendo a face ainda um pouco estressada desfazendo-se.

– Você podia ter morrido. – A voz do patriarca era baixa e até grave demais, saindo melódica junto ao ouvido do Lan. Wuxian tocou a mão enfaixada de forma simples do marido, sabendo que ali havia a queimadura do cano da arma dele. – A-Cheng me disse que Zewu-Jun chegou com sangue na camisa. Você está bem?

– Agora estou. – A ponta de seu nariz passou pelos fios pretos e bem cuidados, aspirando o cheiro cítrico dali. – Não me ignore mais, amor. – Os olhos se encontraram e logo o cenho do Wei se franziu levemente.

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