Days in the Sun

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"Doce visão
Guardo em mim aquela emoção
Eu os levo no coração
Sempre estarão comigo
Quem me dera voltar
A ouvir tudo os encantar
Não consigo me conformar
De não mais os abraçar
Essa doce visão
Talvez nuca mais volte então
Guardo a emoção do tempo que foi
Oh, vou cantar
Contra a dor eu vou cantar
[...]
Como manter a confiança
Em meio a dor e a escuridão?
Já fui cheio de certezas
Só restou suposição
Largo enfim minha infância
(Eu fui tão feliz)
Irmãos, não segurem minha mão
Eu percebo que cresci
O meu destino eu vou seguir
Nossa visão vai voltar a ser real
Vai ser assim
E todos irão renascer enfim."
- Doce Visão, A Bela e a Fera Cast.
(Adaptado).

[Capítulo 74: Dias ao sol.]

A lua pairava belíssima no céu, o clima frio mantendo todos em seus casacos grossos enquanto se reuniam perto de um dos lagos congelados da cidade assombrada. Os flocos de neve eram levados pela leve brisa gelada, deixando aquele ar de magia por entre os andantes. Edimburgo começava a entrar em clima natalino, junto a ele o clima leve das pessoas que passavam a ter um pouco mais de amor em seus corações.

Entre os apaixonados pelo inverno, haviam aqueles que davam seu tempo para as apresentações artísticas que encerrariam o ciclo de um ano inteiro. As pessoas andavam ao redor da pista de gelo ao qual só era aberta em época de inverno.

A grande pista luxuosa foi aberta ao público onde tudo o que se precisava para entrar era apenas um único quilo de alimento não-perecível que mais tarde seria doado. O teto coberto pela grande abóbada de pedra, dando todo um ar clássico ao local tão lindo, milhares de luzes azuladas postas de forma minúscula para deixar o clima mais belo para o grande espetáculo, os vitrais azuis refletindo as luzinhas onde se dava a impressão de céu aberto repleto de estrelas. Além do lindo espetáculo de beleza, ao redor da pista e dos acentos haviam as barraquinhas onde bebidas quentes e comidas típicas escocesas e chinesas, além dos jogos com brindes de recompensa. Pessoas sorrindo, com bichos de pelúcias entre os braços e fumegantes copos de bebidas nas mãos, o local ficava repleto do aroma de café recém coado, do chocolate ao leite com toques em avelã e do Arkay, que apesar de não ser um Whisky escocês era uma escolha sem álcool para as famílias.

Entre as pessoas com casacos grossos e sorrisos no rosto havia uma dupla que estava a mais de quinze minutos tentando acertar a placa de madeira com o alvo desenhado. O pobre dono da barraquinha já não sabia se ria do desespero do homem tatuado ou ficava com pena do olhar de dó do moço mais calmo.

 A-Sang, acho que já chega, esta aí a quase 20 minutos.  Wen Ning disse com certo divertimento na voz, além de pena da carteira do Nie. Sua mão se estendeu até tocar o ombro do homem mais baixo e que não lhe dava mais tanto medo. Nunca poderia esquecer o quanto chorou de medo quando viu o dono de leques pela primeira vez, orgulhoso por agora ter superado o medo de... Seja lá o que quê ele tivesse medo.

 Não! Essa arma deve estar com defeito, não é possível que minha mira seja ruim!  Aquilo era inaceitável. Como ele, um líder de seita, um imortal com anos e anos com experiência com a guerra e o melhor espadachim que o Reino Impuro já viu, não conseguia usar uma mísera arma de chumbinho em um alvo de madeira? Àquilo era sua honra!

 Oh, Deus.   O Wen impediu que o amigo pudesse pegar a carteira em sua bolsa e logo roubou o objeto dele, rindo dos protestos de raiva do homem que batia em seu ombro no máximo. Obrigado pela atenção, mas nós já vamos.  Ele sorriu simpático ao senhorzinho e puxou o homem de longos cabelos pelos ombros, ouvindo o homem mais velho rir além de algumas pessoas que formaram uma fila atrás dele murmurarem divertidas sobre o olhar assassino do pequeno homem. – Você precisa de um  Mocha¹. – HuaiSang ainda resmungava pelo que para ele foi uma humilhação, mas mesmo assim agradecia seu irmão não estar ali para tornar o momento pior.

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