Circus Game

Psycho Circus

Eu, estive aguardando aqui para ser
seu guia
Revele os segredos que você oculta
De pé!
Ninguém sai antes da noite acabar
O amplificador começa a subir
O carnaval apenas começou

- Psycho Circus - Kiss.

[Capítulo 4: Circo da Loucura.]

Wei Ying nunca tinha visto aqueles homens em todos os seus 20 anos de vida, mas seu coração parecia tão feliz, seu corpo queria abraça-lo, mas ele era um desconhecido. Havia esquecido?

- Sim, conhece ele? - A senhora Xue perguntou um pouco surpresa, não esperava por aquilo.

- Ahn, eu... - Tinha de pensar em uma resposta rápida. Não sabia como sabia aquele nome, só sabia. - M-Minha mama me disse sobre os detetives. - Seu rosto se retorceu em desconforto, odiava mentiras. Se alguém mente é porque não está nenhum pouco disposto em ser sincero ou ganhar a confiança de alguém de forma justa, bem, era uma meia verdade, não é?

Xichen estava pensativo. Claramente o jovem mestre Wei não se lembrava de sua vida passada, se tivesse suas lembranças, já teria se jogado nos braços do marido e já estariam fazendo as preliminares, mas, diferente do que esperava, ele teve um ato falho. Ele reconheceu o marido por poucos segundos, mas nem sequer percebeu isso. Era interessante.

- Ah, m-me desculpe. - O Ying teve um estalo de consciência, não importava se a situação fosse estranha. Sua mãe e seu pai lhe deram uma boa educação, mesmo ele sendo uma praga as vezes, mas sabia reconhecer a hora de ser sério. Estendeu a mão para o Lan mais velho, porque ainda não tinha coragem de olhar o mais novo que não tirava os olhos de si. - Sou Wei Ying, é uma prazer. - Fez o mesmo gesto com Lan Zhan, sentido como a mão do outro tinha alguns calos, principalmente a ponta dos dedos, talvez tocasse algum instrumento. O toque lhe foi tão reconfortante e, por alguns instantes, sentiu um forte cheiro de queimado e uma dor nos ombros, como se algo pesado estivesse sobre si.

- Você deve ser o filho do senhor ChangZe. É um prazer. - Huan entrou no jogo, não podiam forçar alguém a relembrar a vida passada. Doía, era quase uma tortura. - Se não se importa, queríamos sua ajuda também, Meste Wei. Viemos fazer algumas perguntas a senhora Xue, iríamos a Lótus daqui alguns dias, mas, já que está aqui, queríamos saber se poderíamos fazer a você também.

- A-Ying, eu sei que não é algo muito agradável, mas eu agradeceria se ficasse. - O coração do pequeno Wei pesou, a mãe de Xue Yang estava a um passo das lágrimas. Aquela mulher estava tentando ser forte, diante de todo aquele desastre.

Ying foi até a mulher e passou o braço pelos ombros dela, transparêncendo apoio, sorrindo triste para a mulher de quase 50 anos - Vou ficar aqui, senhora Xue. Pode ficar tranquila.

Lan Zhan até aquele momento, não falou ou deixou transparecer qualquer sentimento, não a quem não fosse seu irmão. Ele também percebeu o ato falho do Wei e, por alguns segundos, achou que ele lembrava, achou que depois de 24 anos, poderia ter seu companheiro consigo.

Estava frustrado, sentia uma angústia grande. Seu amor está ali, na sua frente, mas, não podia tocar e nem sabia como falar com ele. Sinceramente, parecia que o período das aulas no recanto das nuvens haviam voltado, era como se fosse o mesmo adolescente de antes que tinha uma paixão pelo discípulo Jiang e que não tinha ideia de como se aproximar, então fingia o odiar.

Após a senhora Xue se recompor, ela pediu desculpas e convidou os três para se sentar no sofá. Enquanto os Lan se sentavam no sofá, Wuxian ajudou a mulher a arrumar os pratos, talheres e o bolo na mesinha de centro da sala. Com tudo pronto, os dois restantes se sentaram no sofá a frente da mesinha, esperando o "interrogatório".