Capitulo 33

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Depois de sei lá quantas horas que eu fiquei apagada, senti meus sentidos voltarem e quando abri os olhos Henry estava sentado em uma poltrona com a cabeça apoiada nas mãos,parecia preocupado,me ajeitei na cama e o chamei ele todo assustado veio até mim.

— Você está melhor? Está sentindo alguma coisa?

— Eu tô bem,só um pouco tonta. O que aconteceu comigo?

— Você teve um sangramento intenso,seu útero se moveu do lugar.

— Mas a nossa menina está bem?

Henry abaixa a cabeça e pega em minha mão,em seguida me olha com carinho.

— Por um milagre ela está sim,nós  quase a perdemos e você precisa de repouso absoluto ou...

— Nada vai acontecer com ela,nada.

Depois de alguns longos dias naquele hospital o médico nos liberou pra irmos embora e com muita restrição.
Eu não sei o que seria de mim se eu tivesse perdido a nossa menina, eu jamais me perdoaria,aquela criança era o fruto da minha felicidade e eu já não sabia viver sem isso.

Henry tem sido carinhoso e atencioso comigo, mas eu sinto que também tem se cansado muito com isso tudo,ele não saia mais para  trabalhar e nem para levar Aurora na escola. Seus olhos já estavam fundos por noites que não dormia, ou era de preocupação ou eu me sentia mal.

Confesso que a minha gravidez não foi nada fácil, e até o nosso casamento tivemos que adiar, e assim esperamos o nascimento da nossa pequena,em uma noite de tempestade com raios e trovões as contrações vieram na madrugada.

E mais uma vez estávamos no hospital mas dessa vez era por um motivo ainda maior. Henry me acompanhou na hora do parto segurando a minha mão a todo momento,até acho que ele estava mais nervoso do que eu.

— Vai dar tudo certo,eu estou aqui com você!

— TA DOEEEENDOO,EU VOU MORREEER.

— Não vai não,vamos lá Lorena.

A obstetra me dizia para empurrar com força e assim o fiz,e ali no meio daquela minha gritaria se ouviu um choro, e logo a médica a coloca em cima de mim, a nossa menina chegou ao mundo. Nossa pequena Anne!

— Olha como ela é linda,ela tem seus olhos.

— Eu estou tão feliz,obrigada.

— Eu que agradeço por ter me feito o homem mais feliz desse mundo.

A enfermeira tirou Anne dos meus braços e a levou para fazer todos os exames,depois eu fui para um quarto e lá fiquei por alguns dias.

Alguns meses mais tarde

— Calma Lorena vai da tudo certo,não precisa ficar nervosa. — eu dizia a mim mesma.

— Se ficar se mexendo assim eu não consigo arrumar seu cabelo.

— Me desculpa Halley eu estou nervosa.

Chegou o tão esperado dia do nosso casamento, e eu estava uma pilha de nervos,muitas coisas aconteceram nesses últimos meses.

Halley já tinha superado a morte de Ed, e Edu estava uma gracinha já estava grandinho e seria ele quem levaria nossas alianças. John estava noivo de um carinha que ele conheceu na  faculdade, que por sinal era muito gato.

Meus pais se tornaram avós corujas não deixavam Anne nem um segundo sozinha, e por falar nela minha menina estava linda e grande,com alguns meses e já era muito esperta.

Aurora, bom, Aurora já estava de "namorico" com um coleguinha de escola, Henry estava louco com isso,um dia desses deu um belo susto no garoto que ficou uns dias sem aparecer lá em casa, e Aurora fica morrendo de vergonha,coisas de adolescente.

— Já terminou Halley está quase na hora.

— Para de me apressar, a noiva sempre atrasa, e pronto,terminei.

— Ficou bom,eu tô bonita?

Minha mãe entra no quarto com Anne no colo e já elogiando.

— Está linda meu bem,e alguém aqui não para de te chamar.

Ela me entrega a pequena e eu a encho de beijos e Anne gargalha,aquela gargalhada gostosa que eu amava. Fiquei mais um tempinho curtindo a minha filha, depois a entreguei para minha mãe novamente e as duas saíram do quarto.

— Está pronta?

Respiro fundo.

— Sim,está na hora.

Desço as escadas e vou para a parte do jardim da casa, meu pai me esperava ao lado da porta de vidro,ele estava lindo em um terno azul marinho e um sorriso no rosto radiante.

— Você está linda meu amor.

— Obrigada pai.

Entrelaço nossos braços e as portas são abertas.

— Não me deixe cair.

— Se você cair eu vou dar risada.

— Pai!!

Caminhamos pela grama verde e vejo o meu amor me esperando no altar, como sonhamos desdo dia em que nos conhecemos,ele estava com uma smolk sem gravata e estava lindo,parecia nervoso engolia em seco cada vez que eu me aproximava,e meu coração parecia sair pela boca,de vez em quando eu olhava pro meu pai e ele estava sorrindo o tempo todo.

Quando chegamos no altar Henry vem em nossa direção, e estende a mão para meu pai o mesmo recua um pouco e no fim aperta a mão de Henry e o abraça,em seguida se vira para mim e me abraça.

— Você sempre vai ser a minha menininha!

Me da um beijo na testa e me entrega para o homem da minha vida,nos posicionamos no altar e o juiz começa a cerimônia.

Naquele momento o mundo parou, era só eu e ele,nosso dia,o segundo dia mais especial da minha vida pois o primeiro foi quando Anne veio ao mundo. Tudo aquilo parecia mágico depois de tudo que vivi e sofri finalmente estou aqui vivenciando um dia perfeito.

Henry se tornou meu porto seguro,a minha base,o farol nos dias de maré alta e dias escuros. Henry era tudo aquilo que o vazio dentro de mim precisava para ser preenchido,ele era a calmaria quando a tempestade ia embora.

Ele era o cais e eu o barco,ele era o piano e eu a melodia,eu era o seu pacado fatal e ele a minha falha mortal. Nascemos um para outro e nada poderia nos separar. O meu coração fora do peito,o meu destino que eu jamais esperava.

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora