Me levantei do chão e segui para o banheiro, liguei o chuveiro e fiquei ali por algumas horas, apenas aquilo me deixou mais calma; eu estava precisando de um choque de realidade mas não pensei que fosse assim, me despedir de meu avô não será nada fácil.Saio do banheiro e coloco um vestido preto e um all star da mesma cor prendo meus cabelos em um rabo de cavalo, saio do quarto e estavam todos na sala esperando para irem ao velório que seria na casa do meu avô, Halley e John me abraçam e mais lágrimas escorrem.
Saímos de casa e fomos o caminho todo em absoluto silêncio, minha cabeça girava eu ainda custava acreditar que aquilo havia acontecido, chegamos na casa de minha avó, meu pai estaciona, e eu fico esperando como se meu avô fosse abrir a porta e me receber como sempre fez. Mas não, ele já não estava mais ali, sai do carro e segui para dentro da casa minha avó assim que me viu me abraçou forte.
— Eu sinto tanto, minha neta!
— Todos nós sentimos vovó, não chore.
Minha mãe se aproxima de nós e acaricia os cabelos de minha avó.
— Que horas o corpo vai chegar? — minha mãe pergunta com a voz embargada.
— A noite, ainda tenho que preencher alguns papéis no IML. Será que alguém pode me acompanhar? — minha vó tentava ser forte.
— Eu e Sofia podemos ir. — meu pai se disponibiliza.
Eles saem dali e eu subo para o quarto do meu avô, quando entro mais lágrimas escorrem o cheiro dele ainda estava ali. Chego perto da cama e vejo o porta retrato com a nossa foto, pego e me sento na cama coloco o porta retrato contra meu peito e o abraço.
— Você vai fazer tanta falta vovô, saiba que eu ainda o amo muito.
Eu estava tão perdida em pensamentos que nem vi quando Henry se aproximou do quarto.
— Posso entrar?
— Oi, pode sim.
— Eu sinto muito.
Ele entra fechando a porta.
— Obrigada, o que veio fazer aqui? — indago curiosa.
— Eu conheci seu avô a pouco tempo, mas foi o suficiente para ter um carinho enorme por ele.
— Ele era meu mundo, eu o amo tanto.
Henry senta ao meu lado e me abraça, aquilo me confortou tive a sensação de que não estava sozinha, ele estava ali comigo pra o que eu precisasse . Voltamos para a sala novamente e fui para o jardim onde Halley e John estavam e me sentei ao lado deles.
— Você está bem? — John pergunta preocupado.
— Não!
— É o hábito de perguntar, sabemos que não está. Eduardo também era meu avô, e eu o amava muito. — Halley diz secando as lágrimas.
Ficamos conversando por um longo tempo, lembranças não paravam de ir e vir e a saudade só apertava mais e mais.
Sofia
Quando soube que meu pai havia falecido parecia que o mundo estava me castigando pelo que fiz, ou qualquer outra coisa, nunca me passou pela cabeça perder meu pai.
Chegamos no IML e falamos com a recepcionista logo o perito veio nos atender, entramos numa sala e sentamos de frente a sua mesa, havia uma plaquinha que indicava o nome dele.
Maicon.
— O que tenho para dizer, é que o acidente do seu marido foi um assassinato. — o perito diz olhando para a minha mãe.
— Como assim? Porque diz isso? — a senhora indagou exaltada.
— O FBI investigou o carro, e os freios foram cortados. Alguém já havia planejado isso a alguns dias. — o homem nos olha com pena.
— Não é possível, meu pai nunca teve inimigos.
— Todos os donos de empresas tem inimigos. — James concluí.
Aquela notícia me deixou absolutamente em choque, e um mistério: quem poderia ter feito aquilo? Eu mesma não conhecia ninguém que não gostasse do meu pai, mas quem tiver que ser vai pagar pelo que fez nem que seja com a própria vida.
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Com Amor, Lorena
RomanceVivendo a vida e curtindo o quanto pode, foi assim que Lorena conheceu Henry Lancaster. Lorena tem vinte anos e seu passa tempo é testar a paciência de seus pais, assim que chegou na maior idade Lorena decidiu que iria viver do jeito dela. Sua vida...