Capítulo 7

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Me levantei do chão e segui para o banheiro, liguei o chuveiro e fiquei ali por algumas horas, apenas aquilo me deixou mais calma; eu estava precisando de um choque de realidade mas não pensei que fosse assim, me despedir de meu avô não será nada fácil.

Saio do banheiro e coloco um vestido preto e um all star da mesma cor prendo meus cabelos em um rabo de cavalo, saio do quarto e estavam todos na sala esperando para irem ao velório que seria na casa do meu avô, Halley e John me abraçam e mais lágrimas escorrem.

Saímos de casa e fomos o caminho todo em absoluto silêncio, minha cabeça girava eu ainda custava acreditar que aquilo havia acontecido, chegamos na casa de minha avó, meu pai estaciona, e eu fico esperando como se meu avô fosse abrir a porta e me receber como sempre fez. Mas não, ele já não estava mais ali, sai do carro e segui para dentro da casa minha avó assim que me viu me abraçou forte.

— Eu sinto tanto, minha neta!

— Todos nós sentimos vovó, não chore.

Minha mãe se aproxima de nós e acaricia os cabelos de minha avó.

— Que horas o corpo vai chegar? — minha mãe pergunta com a voz embargada.

— A noite, ainda tenho que preencher alguns papéis no IML. Será que alguém pode me acompanhar? — minha vó tentava ser forte.

— Eu e Sofia podemos ir. — meu pai se disponibiliza.

Eles saem dali e eu subo para o quarto do meu avô, quando entro mais lágrimas escorrem o cheiro dele ainda estava ali. Chego perto da cama e vejo o porta retrato com a nossa foto, pego e me sento na cama coloco o porta retrato contra meu peito e o abraço.

— Você vai fazer tanta falta vovô, saiba que eu ainda o amo muito.

Eu estava tão perdida em pensamentos que nem vi quando Henry se aproximou do quarto.

— Posso entrar?

— Oi, pode sim.

— Eu sinto muito.

Ele entra fechando a porta.

— Obrigada, o que veio fazer aqui? — indago curiosa.

— Eu conheci seu avô a pouco tempo, mas foi o suficiente para ter um carinho enorme por ele.

— Ele era meu mundo, eu o amo tanto.

Henry senta ao meu lado e me abraça, aquilo me confortou tive a sensação de que não estava sozinha, ele estava ali comigo pra o que eu precisasse . Voltamos para a sala novamente e fui para o jardim onde Halley e John estavam e me sentei ao lado deles.

— Você está bem? — John pergunta preocupado.

— Não!

— É o hábito de perguntar, sabemos que não está. Eduardo também era meu avô, e eu o amava muito. — Halley diz secando as lágrimas.

Ficamos conversando por um longo tempo, lembranças não paravam de ir e vir e a saudade só apertava mais e mais.

Sofia

Quando soube que meu pai havia falecido parecia que o mundo estava me castigando pelo que fiz, ou qualquer outra coisa, nunca me passou pela cabeça perder meu pai.

Chegamos no IML e falamos com a recepcionista logo o perito veio nos atender, entramos numa sala e sentamos de frente a sua mesa, havia uma plaquinha que indicava o nome dele.

Maicon.

— O que tenho para dizer, é que o acidente do seu marido foi um assassinato. — o perito diz olhando para a minha mãe.

— Como assim? Porque diz isso? — a senhora indagou exaltada.

— O FBI investigou o carro, e os freios foram cortados. Alguém já havia planejado isso a alguns dias. — o homem nos olha com pena.

— Não é possível, meu pai nunca teve inimigos.

— Todos os donos de empresas tem inimigos. — James concluí.

Aquela notícia me deixou absolutamente em choque, e um mistério: quem poderia ter feito aquilo? Eu mesma não conhecia ninguém que não gostasse do meu pai, mas quem tiver que ser vai pagar pelo que fez nem que seja com a própria vida.

  

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora