Capítulo 11

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— Não! Por favor me solta não faça isso por favor, você é meu irmão por favor eu te imploro.

— NÃO!

Acordei suada e assustada Henry estava me olhando com espanto, e logo me abraçou, aquele episódio me deixou em pânico e um marco em minha mente, eu sei que esse pesadelo vai me perseguir a vida inteira.

— Você está bem? — Henry pergunta preocupado

— Sim, foi só um pesadelo. Que horas são?

— Oito e meia, Helley deve estar vindo pra cá.

Me deito novamente e ele me abraça me encaixando em seu corpo, aquilo me deixou mais confortável, eu sabia que Henry só queria meu bem e nele sim  eu podia confiar, ele se levanta e sai do quarto enquanto eu fico ali deitada por mais algumas horas, aquelas malditas lembranças dominavam meus pensamentos.

Escuto alguém bater na porta e balbucio um "entra", vejo Halley se aproximar de mim com um sorriso, ela se aproxima e se senta ao meu lado.

— Minha amiga, Henry me contou o que aconteceu. — ela me abraça e afaga meus cabelos.

— Foi horrível.

— Não precisa falar, eu sei que dói.

— Que bom te ter aqui.

Ela me abraça mais forte, ficamos abraçadas por alguns segundos.

Henry entra no quarto e nos separamos.

— O café está pronto. — ele anuncia.

— Nós já vamos. — Halley indaga.

Ele sai e fecha a porta, eu me levanto e visto a roupa que Halley havia levado faço minhas higiene e depois descemos para o café, Henry já estava sentado á mesa me sento ao seu lado e Halley a minha frente. Começamos a comer, e o celular da Halley toca e ela atende.

— Alô, Ah, oi vô. A Lorena está sim… está dormindo ainda, minha mãe foi viajar…depois que tomarmos café vamos a praia…está bem vô, também amo você. — ela desliga e nos olha. — Ele estava desesperado.

— Meu pai sempre foi dramático.

— Ele tem razão, você é a caçula dele. — Harry diz e bebe um pouco do suco.

— Bom é melhor nós irmos, antes que meu pai venha atrás de mim. — Halley acrescenta.

— Eu não posso ir pra casa, como vou explicar pra minha mãe esse meu olho roxo e esses machucados. — exclamo preocupada.

Halley se levanta e vai ate a sala e alguns segundos depois volta com a sua mochila, ela retira de dentro da bolsa sua maleta de maquiagem.

— Eu acho melhor nós contarmos aos seus pais o que houve, principalmente se ele for realmente o seu irmão. — Henry me olha com atenção.

— Henry tem toda razão, eles tem que saber que William voltou. — Halley concorda.

— Está bem, mas eu não consigo dizer nem mais uma palavra sobre o que aconteceu. — sinto calafrios só de lembrar.

— Não se preocupe deixa isso com a gente.

Peguei minhas coisas e saímos de casa,  entramos no carro e Henry da partida seguimos para a minha residência, quando chegamos meus pais estavam na sala e nos olham intrigados e depois cumprimentam Henry.

Me aproximo e dou um beijo em cada um deles e subo pro meu quarto, percebi o olhar da minha mãe sobre o roxo em minha pele, e não demorou muito pra ela e Halley entrarem em quarto, eu estava sentada em uma cadeira de frente pra janela minha mãe e Halley sentam sobre a cama, ainda de costas pra ela faço a pergunta que estava me torturando.

— Mãe, eu sou fruto de uma traição?

— Que isso Lorena, da onde tirou essa loucura?

— Sabe quem me contou? — me viro pra ela e percebo que ela está nervosa e apreensiva. — William, conhece esse nome?

— Como você sabe sobre ele, como ele te contou? Você está tendo contato com ele? Lorena, pelo amor de Deus. — Ela se levanta e vem até mim.

— Foi ele que fez isso comigo, foi ele que me machucou desse jeito.

— Quando ele fez isso? Porque ele fez isso?

— Ele disse que vai se vingar de cada um de nós, e começando por mim.

Eu já não aguentava mais segurar as lágrimas, desabo no choro minha mãe ao me ver naquela situação saiu do quarto as pressas.

Sofia.

Aquele filho da puta o que ele fez com a minha filha, eu vou acabar com a raça daquele vagabundo. Saio do quarto e vou até a sala onde Henry e James se encontravam, James estava com uma cara nada boa com certeza Henry havia lhe contado, ele me olha e vem em minha direção.

— Como ela está?

— Chorando e desesperada, ela já sabe de tudo sobre ele.

— Porra!

Ele sobe as escadas e some de vista, com certeza vai conversar com alguns de seus aliados, aproveito a oportunidade para conversar com Henry eu estava atordoada com o que havia acontecido. Eu não estava acreditando no que ele havia feito, como eu sempre o descrevia William ainda é um monstro. Me sentei no sofá ao lado de Henry.

— Como ela estava quando chegou na sua casa? — pergunto a ele.

— Inconsolável, eu não sabia o que fazer. Vê-la daquela forma me deixou destruído, Sofia, eu a amo.

— Eu consigo sentir quando você fala dela, mas você já contou pra ela que vai embora?

— Eu não tenho coragem de magoa-lá, por ela estou até pensando em desistir da viagem.

— Escute seu coração.

James desce as escadas com um revólver em mãos, ele me olha e destrava a arma.

— Eu vou resolver isso do meu jeito.

— James, pelo amor de Deus. — digo segurando seu braço.

— Sofia me solta.

— Isso não está certo, temos que avisar a polícia. James!

James se altera e acaba jogando um vaso contra a parede, Henry tenta acalmar ele mas estava relutante, ele pega o telefone e sai da sala sumindo do nosso campo de visão, se eu conheço James ele é capaz de matar o próprio filho.

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora