Capitulo 25

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Chamei um táxi e segui para o hotel, no caminho recebo uma ligação da minha mãe, ela parecia estar desesperada.

— O que houve mãe, porque está tão acelerada?

— Eu liguei pro Henry e ele me disse que vocês brigaram novamente.

— Foi só um desentendimento, mas o que houve? por quê está assim?

— A Halley, a Halley sofreu um acidente de carro eu tentei ligar pra você mais cedo, mas você não me atendeu.

Se eu ainda tinha esperanças de ser feliz, estava tudo arruinado minha vida nunca mais será a mesma se alguma coisa acontecer com a Halley.

Cheguei no hotel e subo pro quarto arrumo minhas malas e volto pra recepção, pago o hotel e saio dali o mais rápido possível, enquanto estava no táxi a caminho do aeroporto meu celular toca olho no visor e a foto do Henry aparece, ignoro.

Chego no aeroporto e faço o check in e vou pra sala de embarque onde espero por infinitas quatro horas, assim que entro no avião meu celular toca novamente e mais uma vez o ignoro, brigas era a última coisa que eu queria naquele momento.

Depois de três horas no avião cheguei em Nova York, vou direto pra minha casa mas quando chego não encontro ninguém provavelmente que todos estejam no hospital. Pego meu carro e sigo pro local, assim que chego sou recebida por um abraço caloroso dos meus pais.

— Como ela está mãe?

— Ainda não temos notícias, tudo aconteceu rápido demais. Estamos aqui desda quatro da manhã!

— O que ela estava fazendo a essa hora na estrada?

— Voltando pra casa, ela e Ed foram visitar a família e quis o destino que assim fosse!

Eu a abraço e choro estava tudo dando errado. Me afasto da minha mãe e só aí percebi Henry escostado na parede me encarando.

Como ele chegou aqui tão rápido?

Ah claro, seu jatinho particular!

No canto da sala vejo John com a cabeça baixa e secando as lágrimas que insistiam em cair, me aproximo dele e me sento ao seu lado.

— Oi

Ele me olha com uma cara de sínico.

— Você por aqui? A quanto tempo não nos vemos?

— Me desculpe, eu realmente precisava de um tempo pra mim!

Ele segura minha mão e me olha profundamente.

— Eu senti a sua falta, por onde você andou?

— Eu estava tentando me acerta com aquele esquisito ali!

Aponto com a cabeça em direção ao Henry que me encara e sorri.

Maldito seja aquele sorriso.

— Esquisito? O que houve entre vocês?

— Uma longa história, a qual temos que marcar pra eu poder te contar.

Ele me abraça e beija meu ombro.

— Eu te amo, nunca mais suma dessa forma.

— Eu prometo.

Enquanto esperávamos John e eu conversávamos sobre o que aconteceu nesse tempo em que ficamos separados, de vez ou outra eu percebia que Henry me olhava fixamente deixando escapar um sorriso de canto.

Meu coração está machucado e quando ele me olha daquela maneira parece que cada parte se cicatriza, e me faz me sentir bem de alguma forma, eu não posso negar que eu o amo perdidamente e que se eu o perdesse eu jamais poderia ser feliz, uma parte de mim está com ele,e eu não conseguiria viver sem aquilo.

Sem aquele amor que aquece meu coração, e aquele abraço que aquece meus dias frios, e acalma minha alma quando tudo parece desabar, eu queria muito abraçar ele naquele momento mas meu orgulho grita dentro de mim.

Me levanto pra ir em sua direção, mas o doutor aparece para nos dar informações.

— Familiares de Halley Sparks?

— Somos nós, eu sou o pai dela.

— Bom, eu tenho duas notícias uma boa e a outra ruim, qual querem primeiro?

— A boa doutor, por favor!

O doutor tira os óculos e da um meio sorriso, parecia estar contente.

— Halley está bem, ela e o bebê.

— Graças a Deus.

— Mas vai precisar ficar aqui por uns dias, e vai precisar também de muito repouso a gravidez passou a ser de alto risco, podem ficar tranquilos quanto a isso.

— E a notícia ruim doutor?

Todos naquela sala estavam apreensivos, olho pra Henry e o mesmo me encara sério parecia preocupado.

— Bom eu tenho péssimas notícias quanto ao Eduard, ele infelizmente não resistiu aos ferimentos na verdade ele chegou aqui já sem vida. Eu sinto muito.

Aquela sala ficou em um silêncio desesperador ninguém falava nada, meu pai estava imóvel minha mãe estava em choque e os pais da Halley não sabiam o que faziam, já eu bom só consegui pensar nos momentos bom que tive com Ed, e o quanto fui burra demais por não ter deixado ele se aproximar de mim para podermos conversar e acertar as coisas.

Em certo ponto eu me sinto totalmente infeliz, e pensando no quanto tudo isso poderia ter sido diferente. Ou talvez não, mas eu estava arrependida de não ter pedido perdão a ele, pessoas que eu amava estavam indo embora pra sempre.
Esse pensamento fez com que eu olhasse para Henry que de certa forma também se sentia triste, ele me encara e sai do hospital.

— Vai deixar ele ir?

— Nós não temos mais nada, John.

— Você só pode estar brincando, você viu o que aconteceu com a Halley? Acabou de perder quem ela mais amava.

 — Mas ...

— Não espere perder quem você ama pra depois perceber o quanto ela vai fazer falta, o quanto ela era importante pra você...Lorena, vá atrás dele.

Ele me olha me encorajando não penso muito e vou atrás dele, quando chego no estacionamento percebo que ele está encostado em seu carro, me aproximo dele e escuto seus soluços. Ele estava chorando.

 — Henry? — Ele se vira pra mim e seca as lágrimas que eram constantes. — Não precisa fingir na minha frente, porque está assim?

— Eu, eu não quero passar por aquilo.

Ele aponta pro hospital, se referindo a situação em que Halley se encontrava.

— Você sabe o que você é pra mim e sabe o que eu faria se eu te perdesse pra sempre, eu não suportaria acordar e saber que você nunca mais vai estar aqui, saber que quando eu sentir saudades eu nunca mais vou poder te abraçar ou te beijar ou sentir seu cheiro.

Ele recupera o fôlego como se estivesse aliviado pelo que disse, meu coração se aperta ao ouvir suas palavras.

  — Henry, eu...

— Me deixa terminar, assim se você for embora eu já vou ter dito tudo que está entalado aqui, eu tenho medo de perder você pra sempre, eu te amo Lorena, e jamais vou amar alguém como eu amo você.

Eu olho pra ele e é a vez das minhas lágrimas transbordarem, eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo eu tinha acabado de perder um amigo, e por alguns segundos eu estava preste a perder o homem que me fez ver a luz, e me ensinou a ser feliz. Me aproximo dele e olho em seus olhos.

Seus olhos triste e cansados.

 — Eu te amo, me perdoa por ser essa pessoa horrível que você acabou de descrever, eu sei que te magoei, chega de segredos chega de brigas. Eu quero ser feliz com você. Eu quero ser a sua mulher e a sua única felicidade.

Ele me abraça e sinto um calor fora do normal, o cheiro do seu perfume é inebriante como todas as outras vezes, eu sempre serei apaixonada por ele.

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora