Capítulo 9

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William Alencar

Aposto que pensaram que eu iria deixar barato o que fizeram comigo, mas cá estou eu e com sangue nos olhos, o ódio e a raiva que sinto por James e Sofia só aumentou nesses últimos dezoito anos.

Depois que sai da cadeia meus planos de me vingar foram crescendo, o ódio que eles colocaram em mim não vai ter fim. E agora vão sofrer as consequências, e pra ser mais prazeroso o sofrimento deles vou exercer minha vingança em quem eles mais amam, Lorena.

Encontrei aquela pirralha em uma rede social, e como toda pessoa idiota ela posta tudo no instagram. Então não foi difícil encontra-lá e para a minha sorte ela sempre coloca a localização de onde está.

Garota tonta.

Até que ela é bem atraente vou me divertir bastante com aquela bastarda, os Spark que me aguardem porque eu estou de volta.

[...]

Estava andando pela orla quando encontro aquela bastarda, coloco o mais falso sorriso no rosto e me aproximo dela, trocamos algumas palavras e logo um homem aparece e Lorena desvia sua atenção se despedindo de mim, ela não parecia feliz com certeza já devem estar velando aquele velho asqueroso.

Minha vingança começou melhor do que o esperado, o primeiro da familia Moore já se foi agora só faltam alguns; estaciono meu carro em frente a mansão da mãe de Sofia, vejo Henry e Lorena saírem do carro e seguirem de mãos dadas para dentro, aquele jardim estava lotado.

Seria uma hora perfeita para uma entrada triunfal, mas não vou estragar meus planos eu ainda tenho muito o que fazer, ligo o carro e dou partida seguindo pro meu apê, chego no meu prédio e estaciono; subo pro meu andar e abro a porta dando de cara com a Vanessa se agarrando com um cara no sofá.

— Que porra é essa aqui Vanessa? Eu ja não te avisei que não quero marmanjo aqui?!

— Me desculpe benzinho. — ela diz com uma voz absurdamente irritante.

Pego o homem pelo colarinho e o jogo pra fora do apê, o mesmo me olha assustado e vai pro elevador. Tranco a porta e encaro ela.

— Encontrei a bastarda na praia hoje.

— Nem esperou o velho esfriar, e já está passeando.

— Ela estava com Henry Lancaster, parece que estão juntos.

— Esta com ciúmes. — ela provoca.

Me viro pra ela e mostro o dedo.

Tiro minha gravata e vou pro meu quarto tomo um banho e coloco uma roupa casual, eu preciso fazer alguma coisa pra afastar Henry de Lorena ou meus planos vão por água abaixo.

Lorena

Desperto no quarto de meu avô, estava deitada sobre a cama e Henry estava sentado do meu lado; quando ele me vê se aproxima e afaga meus cabelos, seu sorriso me faz sorrir também.

— Me diz que tudo não passou de um pesadelo.

— Infelizmente não.

Meu sorriso se desfaz e me sento na cama.

— Aonde estão meus pais?

— Lá em baixo, estão preocupados com você.

Me levanto arrumo meu vestido e saio do quarto, Henry me acompanha até a sala chego na escada e posso ver o caixão do meu avô no meio da sala. Não consigo conter as lágrimas, desço as escadas e me aproximo, sabe aquela sensação de que ele está respirando e a qualquer momento ele vai se acordar? Era assim que eu sentia, mas não vai ser assim, nunca mais.

Algumas semanas depois.

— Vamos Lorena, estamos atrasadas. — Halley me apressava.

— Estou indo calma.

Fecho a porta da mansão e fomos para a faculdade, era semana de provas finais e eu não poderia faltar e nem me dar mau, essas semanas passaram rápido. Henry e eu estamos nos acertando acho que rola uma química, eu tenho encontrado William algumas vezes nossa amizade está crescendo, mas às escondidas não quero que ninguém saiba sobre nossa relação.

Halley começou um namoro com um cara bem mais velho que ela, o que foi um pesadelo por esses dias meu irmão não quer aceitar de jeito nenhum, e John está a todo vapor com seu namoro com Matt, mas está criando coragem para abrir o jogo com a família.

— Eai será que fomos bem? — Halley diz esfregando as mãos.

— Espero que sim, bem, eu tenho que ir.

— Pra onde vai? — John questiona.

— Tenho um encontro com Henry!

Os dois me olham com malícia e eu saio dali, ando um pouco e logo sinto mãos rodearem minha cintura e um beijo em meu pescoço, me viro e vejo Henry com o sorriso mais lindo do mundo.

— Oi! — repondo quase gemendo.

— Oi, como você está?

— Estou bem.

Continuamos andando de mãos dadas e conversando assuntos aleatórios, chegamos a uma lanchonete e fazemos nossos pedidos e nos sentamos.

— Precisamos abrir nossa relação com seus pais. — Henry propõe.

— Você sabe que meus pais jamais vão aceitar, principalmente meu pai.

— Nós ainda nem tentamos.

Dou um sorriso pra ele, desvio meu olhar quando vejo William entrar na lanchonete, nossos olhares e encontram e ele sorri para mim, Henry percebe meu incômodo e se vira para olhar.

— Esse cara de novo. — diz irritado.

— O que tem ele? Você nem conhece ele e já diz que ele é mal caráter.

— Eu sinto cheiro de quem não presta a quilômetros.

— Olha Henry, não fala assim dele ok?!

— Você vai defender ele?

Reviro os olhos e me levanto da cadeira saindo do local, escuto Henry me chamar várias vezes mas eu nem olho pra trás. Quando chego na calçada sinto meu braço ser puxado para dentro de um carro, quando me dou conta William estava do meu lado e uma mulher dirigia o carro.

— William, o que esta fazendo?

— O que eu já deveria ter feito a muito tempo.

— O que? como ass...

Eu ia terminar mas ele pega um pano com alguma coisa forte e põe em meu nariz, assim que sinto aquele cheiro eu apago.

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora