Henry
Saio da lanchonete as pressas atrás de Lorena, chego na calçada e ela não estava mais lá, soco a parede atrás de mim tentado aliviar a raiva.
"Porra Henry" meu subconsciente grita.
Chamo um táxi e vou direto para a minha casa esperando ansioso por uma ligação dela, horas se passam e nada, logo meu celular toca e não reconheço o número apenas atendo.
— Alô?
— Henry, é a Halley. A Lorena está com você?
— Não, ela foi embora sem mim, tivemos uma pequena discussão hoje a tarde.
— Estranho era pra ela estar aqui, mas ela não veio embora
Me sento no sofá já preocupado com Lorena.
— Como assim não chegou?
— Ela não veio embora, Henry.
— Já ligou pra ela?
— Várias vezes, só da na caixa postal.
— Droga, eu vou procurar por ela.
— Esta bem, qualquer coisa me avise.
Desligo o celular e saio de casa, pego meu carro e vou direto para a praia era o primeiro lugar onde ela iria após uma briga, estaciono o carro desço seguindo para a areia ando por quase uma hora mas nada dela, procuro em todos os lugares em qual eu tinha certeza que ela estaria, mas não a encontrei em lugar nenhum.
Volto pro carro entro e soco o volante, eu estava com raiva de mim mesmo por ter começado aquela discussão.
Chego em casa e ligo pra Halley avisando que não havia encontrado, olho no relógio e já eram quase meia noite, aquilo estava me deixando assustado Lorena não sumiria sem dar notícias, me sento no sofá e tento pensar um pouco mas sou interrompido por batidas constantes em minha porta.
Assim que abro meu coração se despedaça em meu peito, ao ver Lorena toda machucada e chorando em minha frente.
— Lorena, o que aconteceu com você?
Ela apenas se joga em meus braços e chora ainda mais, eu a pego no colo e coloco deitada no sofá, fui até a cozinha e fiz um copo de água com açúcar pra ela se acalmar, ela tomou e secou as lágrimas percebi que seu olho estava um pouco roxo e tinha alguns hematomas pelo seu corpo, escorria sangue pelo canto de sua boca, aquilo me deixou sem chão.
Apanho meu celular e ligo para Halley.
— Henry, encontrou ela?
— Sim, e ela vai ficar comigo esta noite.
— Tudo bem, Sofia e James acham que ela está dormindo aqui em casa, amanhã de manhã eu apareço aí.
— Tudo Bem, Boa noite.
Desligo o celular e volto para Lorena ela estava parada feito uma estátua olhando para o chão, chego perto dela e pego em sua mão, ela me olha e vejo seus pequenos olhos azuis cheio de água e muita tristeza.
— Pequena, quem fez isso com você?
Ela aperta os olhos e balança a cabeça parecendo tentar esquecer o que houve.
— Lorena você precisa me contar, o que aconteceu?
— Eu pensei que ele fosse um qualquer, mas ele é meu irmão. — ela diz olhando para baixo.
— Quem Lorena? Quem é seu irmão?
Lorena
Todas aquelas lembranças vieram com um tsunami em minha mente, ele acabou com a minha vida, acabou comigo, ele me matou.
Acordei em uma casa suja e escura, o cheiro forte de mofo tomou conta do meu nariz, a porta é aberta bruscamente e William surge com uma garrafa de whisky em uma das mãos, ele me encara e abre um sorriso malicioso, aquilo embrulho meu estômago e me deixou com medo.
— O que você quer de mim?
— Bastardinha, eu quero me vingar de vocês!
Ele balbucia as palavras e bebe mais um gole do líquido, eu não estava entendendo nada, a porta se abre novamente e uma loira entra no quarto com uma pasta nas mãos.
— Quem é você? — pergunto.
— Não interessa, mini vadia.
Ela se aproxima de mim e acerta um tapa em meu rosto, queima como fogo mas não ouso derramar uma lágrima, olho pra ela com o sangue fervendo em minhas veias.
— Porque bateu nela? — William grita e ela o olha assustada.
— Mas não era esse o plano?
— Eu posso bater nela, você não ouse encostar um dedo nela.
Ela ergue as mãos em sinal de rendição e saindo do quarto me deixando sozinha com ele, o mesmo pega a pasta que a mulher havia deixado sobre a cômoda ele abre e joga alguns papéis sobre a cama.
Com dificuldade pego os papéis, pois minhas mãos estavam amarradas em frente ao meu corpo, começo a ler, eram papéis de certidão de nascimento depois de lelos sinto meu estômago, gelar olho para William que agora estava sentado em uma poltrona a minha frente, ainda bebendo.
— Meu irmão? Você é meu irmão! — Falo em um fio de voz.
— Exatamente, e eu odeio você, odeio seu pai, eu odeio a sua mãe, eu odeio todos vocês.
— O que fizemos pra você nos odiar tanto? Se você soubesse o quanto eu procurei por você.
— Ah, não se preocupe, hoje você vai me conhecer muito bem.
Ele fala aquilo e bebe mais um gole do líquido, a garrafa já estava quase vazia ele pega e a quebra contra a parede.
— Eles não te contaram, que você é fruto de uma traição? Em? Era pra você ser minha filha, e não filha do filho da puta do seu pai.
— NÃO FALA ASSIM DO MEU PAI SEU NOJENTO!
No mesmo ato levo um tapa em meu rosto que me faz cair sobre a cama, com certeza deixaria minha pele com um belo hematoma eu ja não aguentava mais e deixei as lágrimas caírem, William percebe meu choro e se aproxima de mim passando a mão no local onde ele havia batido, ele me olha e depois segura meu queixo depositando um beijo em minha bochecha.
— O que você vai fazer comigo?
— Prometo que vai ser rápido.
— O que?
Ele me joga em cima da cama e rasga minha camiseta deixando meu corpo exposto, aquilo só podia ser um pesadelo. Começo a gritar por socorro, ele se deita sobre mim já sem roupa e tapa minha boca com uma das mãos, seu peso sobre mim era enorme eu não conseguia me mover.
Lágrimas invadiam meus olhos eu sabia o que estava prestes a acontecer, mas eu não conseguia fazer absolutamente nada, apenas fechei meus olhos e desejei que aquilo acabasse o mais rápido possível, ou melhor, desejava morrer naquele instante.
— Depois do que aconteceu ele me jogou pra fora de casa, e disse que se alguém souber do que aconteceu ele vai matar meus pais — seco as lágrimas que insistiam em cair.
— Eu vou matar aquele filho da puta, vou fazer ele pagar por tudo que já fez. — Henry diz completamente irado.
Mais lágrimas escorrem e Henry me abraça, me arrependo a cada segundo que defendi aquele canalha, eu estava confiando nele.
— Posso dormir aqui está noite? — pergunto receosa.
— Claro que pode pequena, vou arrumar um quarto pra você. — ele ia sair, mas eu o seguro pelo braço.
— Não Henry, dorme comigo. Por favor!
Ele se aproxima novamente e me envolve em um abraço, naquele momento eu percebi em quem deveria ter confiado desde o começo.
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Com Amor, Lorena
RomanceVivendo a vida e curtindo o quanto pode, foi assim que Lorena conheceu Henry Lancaster. Lorena tem vinte anos e seu passa tempo é testar a paciência de seus pais, assim que chegou na maior idade Lorena decidiu que iria viver do jeito dela. Sua vida...