Capítulo 18

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Alguns meses depois.

- Vamos mãe não quero me atrasar.

- Calma Lorena, já estou indo.

Entramos no carro e seguimos para a tão esperada formatura da Halley, estávamos todos anciosos por esse dia principalmente ela que ficou eufórica a semana toda.

Seis meses se passaram e muita coisa mudou por aqui, terminei minha faculdade e estou abrindo minha própria clínica.

Tudo passou como um flash, mas a única coisa que continua a mesma é o meu amor por Henry, ele ainda não saiu da UTI, e sinceramente ja perdi um pouco as
esperanças.

Durante esses seis meses não me relacionei com ninguém, tenho visitado Henry todos os dias no hospital e me dói saber que os médicos já pretendem desligar os aparelhos, eles dizem que acabou e não tem mais o que fazer; mas eu sei que o meu Henry não desistiria tão fácil.

Chegamos na formatura e fomos procurar nossos lugares, estava tudo lindo e bem decorado nos sentamos á mesa e estavam todos lá inclusive Ed.

Ed e Halley firmaram compromisso sério estão até pensando em se casar.

Estava tudo indo bem até meu celular tocar, o procuro na bolsa e atendo.

Olho no visor e vejo que era Noah, o pai de Henry.

- Alô?

- Lorena, é o Noah, preciso que venha até o hospital imediatamente.

- Sim eu entendi, aconteceu alguma coisa?

- Os aparelhos, os médicos querem desligar os aparelhos.

Sabe a sensação de que tudo acabou e que você está completamente perdida e sem ninguém para te ajudar? Era exatamente assim que eu me sentia naquele momento.

Sai da festa sem avisar ninguém, chamei um táxi e fui direto para o hospital quando cheguei lá Noah vem em minha direção desesperado e sem esperança alguma.

- Faça alguma coisa filha, mas não deixem que matem o nosso menino.

- Onde eles estão?

- Lá dentro.

Ele apontou para o quarto onde Henry estava, fui em direção e entrei sem bater a enfermeira estava prestes a retirar os cabos que manteve seu coração batendo.

- Não! Por favor.

- Não há nada que se possa fazer senhorita, me desculpe.

- Por favor, eu sei que ele vai voltar.

- Já se passaram seis meses querida, já não é mais possível ele acordar. - o médico me olha com pena.

- Então me deixe se despedir dele, por favor.

Eles saem do quarto e me deixam sozinha com ele, me aproximei da cama e me deitei com ao seu lado se aconchegando em seu peito, lágrimas rolavam pelo meu rosto eu não conseguia dizer nada apenas fiquei ali por alguns minutos até que o choro cessou.

- Eu te esperei por seis meses e esperaria mais mil anos se precisar, eu te amo Henry Lancaster, e nada nem ninguém vai mudar o que eu sinto por você, ainda continua sendo o único homem que eu amo; sabe de uma coisa, eu sei que você jamais desistiria de nós.

Segurei em sua mão e fechei meus olhos me aproximei dos seus lábios e o beijei.

- Vamos Henry não desista, eu te amo eu sei que você é forte e que o amor cura tudo.

Apertei mais forte a sua mão e desejei como se alguma mágica fosse fazê-lo acordar, o beijei pela última vez e soltei sua mão; me virei para sair do quarto quando estava chegando perto da porta aquela voz ecoa pelo quarto, cai de joelhos no chão sem acreditar no que estava ouvindo, minha voz não saía era apenas choro e felicidade.

Me levantei e me aproximei da cama novamente.

- Eu sabia que você não desistiria.

- O que aconteceu? Porque estou aqui?

- Os médicos vão te explicar.

Os médicos entraram no quarto e olharam Henry com espanto não acreditando no que estavam vendo, na verdade nem eu estava acreditando no que estava acontecendo, o médico se aproxima da cama e ele estava sem palavras.

- Filho, realmente você é um milagre da medicina.

- Alguém pode me explicar o que aconteceu?

- Você sofreu um acidente a seis meses atrás. - o médico diz.

Á cara de espanto de Henry não deixava dúvidas de que ele não se lembrava de nada, e pra ele era como se estivesse dormido e acordado no dia seguinte.

- Seis meses! Eu estou em coma a seis meses?

- Sim, e a quinze minutos atrás nós tínhamos decidido desligar os aparelhos já não havia mais nada o que fazer em relação ao seu estado, estamos todos muito espantados com a sua volta.

- Doutor, eu amo essa mulher, e eu jamais desistiria dela.

- Então podemos dizer que foi o amor que te fez acordar?!

- Sim, com certeza.

Meu sorriso se estende e seguro sua mão,depois de algumas horas com ele ali era hora de deixá-lo ver os pais sai da sala Noah e Hilary entraram.
Aproveitei o tempo e liguei para meus pais que com certeza já notaram o meu sumiço.

-Alô,oi mãe.

Sofia:Onde você se meteu?

-Me desculpe sair sem avisar mãe,é que aconteceu algo inexplicável.

Sofia:O que houve?você está bem?

-Melhor impossível,Henry acordou mãe.

Sofia:Que? Como assim ele acordou? Nós estamos indo aí.

Desligo o celular e sentei em uma cadeira que havia no corredor. Confesso que minhas esperanças para Henry acordar eram pouquíssimas. Nesses três anos que se passaram as chances que ele tinha só diminuíram por conta do tempo em vegetação,confesso que pensei em procurar alguém que pudesse preencher meu vazio mas toda vez que me relacionava com alguém era diferente. Eu não conseguia ver outra pessoa que não fosse Henry. Como eu sempre disse a ele o meu coração não tem mais espaço para outra pessoa a não ser ele na verdade o meu coração é dele. Espero que ele saia logo desse hospital para podermos dar continuidade de onde paramos,claro sem a parte das brigas.

Com Amor, Lorena Onde histórias criam vida. Descubra agora