Capítulo 3.

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Gerard Way Point of View.

Já era tarde da noite, aproximadamente umas 23:20 quando o meu celular particular começou a tocar, era o Michael. Eu especificamente falei que estava sem paciência para continuar fazendo negócios no dia de hoje, e mesmo assim cá está o meu irmão me ligando no meio da minha noite livre. Revirei os olhos enquanto enrolava o cabelo longo do rapaz atraente que estava me proporcionando prazer com a sua boca, se é que você entende, enquanto resolvi ignorar a primeira ligação. Eu estou ocupado, caralho. Não vou atender para ter que resolver algum problema mínimo que o Michael está surtando sobre. Empurrei a cabeça do rapaz em direção até a base do meu membro, fazendo com que ele se engasgasse e tossisse algumas vezes, me fazendo sorrir no processo. O celular tocou novamente. Respirei profundamente antes de pegar o celular para atender.

- Fala. - Após eu proferir esta palavra, o rapaz que estava comigo retirou a sua boca de meu membro e levantou o olhar para mim. Quem ele pensa que é para parar de me chupar assim do nada? Empurrei novamente a cabeça dele em direção ao meu membro, fazendo-o voltar a fazer um boquete extremamente meia boca, um pouco tedioso, devo confessar.

- Eles estão aqui, Gerard. Os Neverenders. Eles pegaram um dos nossos caras aqui na rua do lado e falaram algo como "nós chegamos e não vamos embora. Bla-bla-bla. Tem um novo xerife na cidade. " Vieram para a boate. Não sei como eles entraram, mas pelas informações dos nossos caras, eles estão fortemente armados. Mas não estão causando nenhum problema, ainda. - Suspirei. Dei duas batidinhas na cabeça do rapaz, fazendo com que novamente ele retirasse a sua boca do meu membro, interrompendo o boquete. Levantei logo em seguida, colocando o meu membro de volta na boxer e subindo a calça.

- Estou indo aí. Não faça nada. Eles só estão aí para mostrar que chegaram, bom...até que demoraram para criarem bolas e virem até aqui. Chego em 10 minutos. - Subi o zíper e abotoei a minha calça social preta. Deixando o meu companheiro para a noite um pouco confuso. Sorri para ele, enquanto tirava algumas boas centenas de dólares da minha carteira, deixando na mesa de centro.

- Para o seu uber de volta. A gente se vê por aí. Feche a porta quando sair, por gentileza. - Coloquei a parte de cima do meu terno, ajeitei a gravata e saí acendendo um cigarro, sem olhar para trás. E lá vamos nós fazer exatamente tudo o aquilo o que eu tinha dito que não estava com paciência para fazer: negócios.

Entenda, o Michael é extremamente inteligente, ótimo com as empresas. Mas ele é facilmente irritável, impulsivo. Em uma situação como essas, se eu deixasse que meu querido irmão lidasse com isso da maneira dele, bom.... Amanhã nossa boate estaria no jornal. E seria um escândalo sem fim. Talvez ele não conseguisse dar fim em cada um dos membros dos Neverenders que ousaram vir até a nossa cidade e usufruir dos nossos negócios, e uma guerra entre gangues iria iniciar antes mesmo do necessário. Não é isso que queremos, não é? Não tenho interesse de estragar mais de um século de negócios discretos e a nossa supremacia no mundo do crime por conta de uma besteira como essas.

Não. Você tem que ser estratégico, sangue frio, inteligente, calculista. Você, para fazer o que eu faço, precisa escolher as suas batalhas ou vai acabar preso ou morto antes do prazo e nós não queremos isso, não é? Não. Queremos expandir os negócios, não torná-los tumultuosos assim da noite para o dia. Eles vieram até a nossa casa, devemos receber os convidados com cortesia e educação, como sempre diz a minha mãe.

Moro muito perto da boate, uns oito minutos de carro. Comprei a cobertura próximo assim pois este é de longe o meu empreendimento preferido. Não sei, tem algo fascinante em ver as pessoas bebendo, dançando, se divertindo. Elas parecem tão...livres. Leves. Nem se eu ingerisse todo o álcool do mundo seria capaz de me comportar daquela maneira e exalar essa energia tão limpa e tranquila, não existe álcool suficiente no mundo para fazer com que uma pessoa como eu seja capaz de esquecer trabalho, família, estresse e tudo o que viu e viveu na vida para conseguir se divertir, nem que seja só por uma noite. Nem álcool, nem drogas. Não me entenda mal, não estou dizendo que sou infeliz, isso não seria verdade. Estou apenas devaneando sobre como é ser um cidadão comum, com trabalho comum, vida comum, pacata, tranquila. Como seria poder escolher o que você quer ser e fazer com a sua vida. Bom, devanear é o que me resta, pois jamais terei uma vida normal. Cortesia do meu amado pai.

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