Capítulo 21.

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(Oi. Cheguei de novo com mais uma atualização, necessário informar que nesse capítulo teremos conotação sexual, violência, menção a sangue, mais conteúdo sexual e mais violência. Se for gatilho para você, não leia. Atenciosamente, a autora.)

Frank Iero.
New Jersey.

Coloquei uma camisa preta com detalhes amarelos nos braços, uma munhequeira no pulso, uma calça jeans apertada o suficiente para destacar as minhas coxas grossas, um pouco de sombra vermelha nas pálpebras e estava pronto. Adam entrou no quarto e não pude deixar de reparar o quanto ele era bonito, bonito a ponto de doer. A culpa pesa, né?

Ele usava uma camisa preta, com um casaco jeans preto por cima e uma calça jeans preta, seu cinto com tiras transformava o look em algo mais alternativo. Seus cabelos caiam em seus ombros, formando alguns pequenos cachos na ponta, que traziam um pouco mais de graciosidade para o seu rosto. Adam tem todos os requisitos para ser um cara de aparência intimidadora: alto, uma barba completa, beleza, tatuagens e habilidade para tocar guitarra. Mas muito pelo contrário, você olha para ele e consegue enxergar o quanto ele é precioso.

Quase como se não existisse espaço para maldade dentro do seu ser. O único céu que eu sou capaz de chegar perto é esse aqui, ele. O que um cara como ele quer com um cara como eu, nunca irei entender. Ele poderia ter uma vida normal se quisesse. E deveria. Ele podia ter tudo o que eu jamais saberei o sabor. Uma vida livre. Livre de obrigações que você não tem controle nenhum sobre. Livre de culpa. Livre para ser o que quiser. A inveja fez doer o coração.
Ele é um músico fantástico e deveria ter uma vida normal. Mas sou egoísta o suficiente para deixa-lo entrar em minha vida e fazer morada. Chegou perto de mim, colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha antes de pegar o meu rosto com sua mão e me puxar para um beijo rápido.

- Vamos? - Sussurrou contra a minha boca. Assenti com a cabeça. Adam esticou a mão para que eu pegasse, o que fiz meio contra a minha vontade.
Ao chegarmos na sala de estar, o clima era de pura animação. Os rapazes estavam aos gritos, bebendo, rindo, se divertindo como se estivéssemos em uma situação normal. Alô, pessoal, eu preciso lembrar vocês que talvez a gente morra ou tá tudo certo?

- Franko. - Gritou Ray. Já estava bêbado, obviamente. Ray bebe uma cerveja e já começa a falar merda. Três já começa a trocar as palavras. Cinco e provavelmente ele vai se agarrar com algum cara aleatório em cima de algum palco ou fazer um strip tease não solicitado. Sete e...Não sei. Nunca chegamos a sete cervejas. Talvez seja o suficiente para ele ir pro hospital.

- Vamos, Ray. Guarda um pouquinho desse fígado para a boate. - Soltei uma risada, enquanto saiamos pela porta. Nos dividimos entre os diversos carros e seguimos em direção até o local. Ray cantava Taking Back Sunday com Adam a plenos pulmões, eu podia jurar que as pessoas da rua ficavam abismados quando o carro passava rapidamente e tinha dois homens com cabelos longos pra fora do teto solar tocando uma guitarra imaginária e chamando todo mundo pra cantar junto.

Toda vez que parávamos em um sinal era uma tortura. Ray ficava chamando todo mundo, repito, todo mundo, absolutamente todo mundo que passava para cantar, algumas pessoas ignoravam, outras ficavam assustadas e tinham as que entravam na vibe e cantavam junto. A gargalhada do Adam provavelmente podia ser ouvida a quilômetros de distância. Me segurei para não lembrá-los que estamos no meio de uma guerra entre gangues porque não quero ser o cara que acaba com a festa dos outros.

Chegamos na frente da boate. Descemos do carro e Ray prontamente se colocou nas costas do Adam, agarrando o seu pescoço, envolvendo os braços na cintura e mandando ele correr. Obviamente todo mundo estava olhando. Eles são duas crianças. Prontamente, Adam começou a correr com o Ray nas costas, de um lado para o outro. Não pude deixar de revirar os meus olhos antes de soltar uma risada. Ótimo, agora estão nos filmando. É só mais isso que eu preciso para a minha carreira.

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