(Oi, gente. Atualização nova chegando no carnaval para ficarmos felizes. Ou não. Espero que gostem. Atenciosamente, a autora.)
Frank Iero.
Acho uma puta sacanagem estar com alguns cortes no meu rosto bem na semana do meu primeiro show em New Jersey. Que porra, né? Meu olho nem está roxo mais, agora um tom esverdeado com nuances azuladas toma conta do entorno do meu globo ocular. Os cortes já começaram a cicatrizar, mas mesmo assim eu não estou em minha forma mais bonita, o que é uma merda. Tudo bem, eu vou parar de reclamar porque é sempre bom lembrar de como eu consegui esses machucados. Suspirei profundamente com a lembrança, ok, para, preciso começar a me arrumar. O primeiro show da temporada será em uma casa de show um tanto renomada em Jersey, mas não grande o suficiente para abrigar shows de bandas internacionalmente conhecidas e de grande sucesso. Apesar de termos um público considerável e fiel, não posso dizer que somos uma grande banda de sucesso. Mas também não somos uma bandinha de porão.
Somos grandes o suficiente para encher uma casa de show de porte médio, e apesar de ainda terem sobrados alguns ingressos, podemos considerar que foi uma grande venda na bilheteria, o que já é o suficiente para me deixar animado. Toco guitarra desde muito novo, meu pai também tocava, assim como o meu avô, então é como se fosse algo passado de geração em geração, sabe? Pretendo ensinar os meus filhos, se chegar a tê-los algum dia. Guitarra, baixo, violão... O que eles preferirem. Se escolherem outro instrumento, pagarei com prazer. Ou qualquer outra forma de expressão artística.
A arte sempre foi e sempre será uma ótima maneira de se expressar e deixar sair e transparecer para o mundo os anjos e demônios que moram em meus ombros. Só a música tem o poder de me acalmar. Não existe sentimento que eu não possa transformar em música, ou dor que eu não possa transformar em expressão artística. Quando estou tocando guitarra, cara.... É como se ela fosse uma extensão do meu corpo, não mais um instrumento. Quase como um membro, parte de mim. Deixo ela falar por mim, gritar por mim e as vezes até dançar, enquanto eu fico balançando-a no ar, fazendo parecer pequenos rebolados.
Além de tocar guitarra na banda, eu também canto. A voz, como qualquer outro instrumento, pode ser praticada e sim, acredito que, com dedicação e os professores corretos, você pode aprender a cantar, assim como pode aprender a tocar de piano à guitarra. Existem cantores natos, obviamente. Aqueles que carregam em si o dom de transformar a voz em música, e existem aqueles que, se perseverarem o suficiente, verão a sua voz se transformar em uma linda melodia.
Não existe nada que uma boa maquiagem não resolva, não é? Em uma hora todos os machucados do meu rosto estavam perfeitamente cobertos, de uma maneira discreta o suficiente para que ninguém percebesse que eu estava extremamente maquiado para não parecer morto. Estava usando uma camisa branca, sem nenhuma estampa, uma jaqueta de couro por cima, uma calça jeans destroyed e um cortuno preto para completar o look. E também algumas pulseiras e relógio no braço esquerdo e estava pronto para o show.Não éramos a primeira banda, então normal ficarmos aguardando um pouco em um lugar mais reservado. Eu e a minha banda estávamos em uma espécie de camarote, que dava visão para toda a casa de show, enquanto bebíamos um pouco em celebração e observávamos felizes a casa ir enchendo a casa novo minuto. DJ's estariam tocando no intervalo das bandas. E enquanto não dava o tempo do show da primeira, pop punk, post-punk e todo tipo de música da cultura alternativa-rock tocava para os que já haviam chegado, o que era suficiente para deixar todos se entreterem com uma aura de animação e preparação.
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Prison Blinders
FanficGênios do crime. Gangues rivais. Após seus pais se matarem, Gerard Way e Frank Iero são forçados a assumir os negócios da família. Levados pela ambição e obsessão pelo poder, desejam se tornar os maiores do país. Mas sabem que isso nunca irá acontec...