Capítulo 8.

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(AVISO DE CONTEÚDO: briga, violência, SANGUE MUITO SANGUE, se não gosta por favor não leia. Aproveitem o capítulo, espero que gostem. Atenciosamente, a autora.)

Gerard Way.

 Após alguns bons minutos de carro e uns cinco ou seis cigarros a menos na carteira, cheguei até o destino esperado. Realmente ele não veio a essa vida para passeio, pois a casa dele é enorme. Uma mansão, eu diria. Para que tudo isso? Principalmente já que eles não estarão aqui por muito tempo. Porra, nem eu faço questão de ter um negócio deste tamanho. E essa necessidade de esbanjar grana na face de todo mundo irmão, veio de onde?

Estacionei o meu carro um pouco mais para frente, para não denunciar logo que eu já havia chegado. Ajeitei a minha pistola .40 na cintura, para deixar mais confortável. Não, eu não vim só com uma arma. Eu não seria estúpido a esse ponto. Duas outras pistolas repousavam tranquilamente por cima da minha camisa, suspensas por uma espécie de cinto que colocamos para deixa-las próximas ao peito, necessitando apenas enfiar a minha mão por dentro do meu terno e voilá, arma na mão. E claro minhas facas de sempre. É como meu pai costumava dizer: nada mais absurdamente eficaz do que uma garganta cortada para finalizar uma briga. Ajeitei o terno, a gravata e comecei a andar em direção à sua porta.

No seu jardim, as folhas eram baixas, não chamavam muita atenção, em contraste, com um jardim mais sóbrio, algumas esculturas de anjos extremamente melancólicas decoravam o lugar. Era bonito, mas ao mesmo tempo trazia uma sensação de... Não sei explicar. Como se fosse o cenário de um filme de suspense, eu hein, cara estranho.

Poucos segundos pude perceber diversas câmeras no local. Acenei logo para a câmera que estava posicionada à minha direita, deixando claro que havia visto e que sabia que ele estava me vendo. Oi, filho da puta. Pensei enquanto parava em frente a porta da entrada e apertando a campainha. Não, ainda não sei o que eu vou fazer quando ele abrir a porta. Ou quando alguém que ele mandou para me matar abrir. Eu deveria estar com medo, não é? É o mais sensato.

Como eu esperava, Frank abriu a porta. Estava vestindo uma calça de suéter, apenas, pelo que pude perceber. Seu tórax desnudo denunciava diversas tatuagens que eu ainda não tinha tido o prazer de ver, o que me deixou sem reação nos primeiros segundos.

Tive que forçar a minha mente para lembrar do porque eu estava ali e de que não era para o meu corpo me sabotar, agarrar ele e lamber cada pedacinho daquele corpo extremamente gostoso. Quando finalmente levei os meus olhos até os seus ele estava com um sorriso sarcástico nos lábios, como se estivesse satisfeito com a minha visita.

Como não? Eu dei a ele exatamente o que ele queria, a paz de saber que tirou a minha paz. Todo mundo sabe que Gerard Way não é homem de se envolver diretamente em nenhum trabalho dessa espécie, para ele realmente deve ser uma honra estar comigo em sua porta, após ter matado meia dúzia de pessoas dentro do meu estabelecimento mais conhecido e famoso, e claro, pendurar um corpo na entrada.

– Gerard, que deleite a sua presença! Você gostou do meu presente? Escolhi a dedo para você. Vi uma foto sua com o detetive de New Jersey na TV ainda agora, talvez eu o faça uma visita da próxima vez. – O sorriso não saía de seus lábios.

        A lembrança do que ele havia feito foi tomando conta do meu corpo, como um veneno que corrói por dentro, a raiva foi invadindo e tomando conta de cada célula, cada glóbulo do meu sangue, e eu quase que podia sentir cada litro do líquido vermelho que me mantém vivo borbulhar. A forma como ele falou do Bert...O pensamento de que algo poderia acontecer com ele me deixou insano. O Robert não tem nada a ver com o que eu faço da minha vida, não traga ele para o meio disso tudo. Meu rosto estava queimando, como sempre faz quando estou com raiva. E claro que o meu corpo iria reagir.

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