Capítulo 4.

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(Oi, atualização para vocês. Antes de lerem preciso dizer que neste capítulo terá assassinato, violência, menção à sangue e demais. Se isso for um gatilho para você, não leia. Boa leitura. Espero que gostem. Atenciosamente, a autora.)

Frank Iero point of view.

Meu deus, que ressaca. Foi o primeiro pensamento que cruzou a minha mente assim que senti o calor do sol em minha pele, e iluminando todo o quarto da minha mais nova mansão, recém comprada aqui em New Jersey. Meus cachorros prontamente subiram na cama, Lois e Soup são extremamente afetuosas e ligadas a mim, se eu não acordar no horário que as bonitas querem, estarão latindo durante horas até que eu me levante para fazer o café da manhã das princesas.

Após uns bons minutos de sessão fofura, levantei me arrastando da cama e indo em direção à cozinha, preparar o café da manhã das minhas filhas. Ração com batata doce e pequenos pedacinhos de melão para sobremesa. Botei a cafeteira para funcionar e fiquei encostado no balcão da minha cozinha americana enquanto devaneava sobre minha ousadia na noite passada. Estranho ter sido recebido pelo próprio magnata e não termos sido expulsos, este é um ponto que ainda não fez sentido na minha cabeça. Por que ele não nos expulsou dali? Porque pagou pela nossa bebida e foi extremamente hospitaleiro? É esse o jogo dele ou foi apenas mais uma forma de mostrar liderança, querendo me dizer que, aqui em New Jersey, quem manda é Gerard Way.

Após dar o café da manhã das meninas, e tomar o meu na maior tranquilidade, pude finalmente olhar o meu celular e tinha mais de SESSENTA LIGAÇÕES. Obviamente coisa boa não vinha por aí. Respirei profundamente tentando acalmar a voz na minha cabeça que em situações de perigo ou de ansiedade sempre me diz para sair correndo e ir embora, e retornei a ligação do Ray.

- Finalmente tu ligaste, cara. Tava preocupado já. - Disse Ray do outro lado da linha, com uma voz um pouco trêmula.

- O que houve, Ray? Fala logo. - Dei mais um gole no meu café. - Eles mataram os caras, Frank...Seis. Deixaram na frente do restaurante que você comprou semana passada. Fizeram um: RUN (corra) à faca na testa dos caras. Situação precária, horrenda. Eu falei que não era para a gente vir pra cá, Frank. Eu avisei. Não era a hora. Perdemos seis caras de confiança por capricho seu, mano. Você tem que parar com essa megalomania.

Minha cabeça estava fervendo. Não era esse tipo de retaliação que eu estava esperando, não assim, tão rápido. Principalmente após a cortesia de ontem à noite, bom, não interessa. Se você tentar entender o jogo do poder, você enlouquece antes de aprender 10%. Perdi seis homens. SEIS. Assim, literalmente da noite para o dia. Hoje vamos interceptar os produtos deles e vender como se nossos fossem, mas não sei se essa é uma resposta à altura. Como caralhos eu devo saber como me comportar diante disso?

Milhares de pensamentos invadiam a minha cabeça, me deixando perto de um colapso emocional, o que não demorou muito tempo, atirei a caneca cheia de café na parede, socando diversas vezes, DIVERSAS VEZES, o balcão da minha cozinha, parando apenas quando o sangue se tornou visível. Ray falava algo do outro lado da linha que eu não conseguia ouvir, eu não queria ouvir.

Desliguei o telefone. Não quero papo. Enviei uma mensagem de texto informando que assim que tivesse uma decisão, informaria a ele. Geralmente ligaria para Adam em momentos como esse, mas não quero envolve-lo ainda mais nesta loucura. Ele é um cara bacana, limpo, sem antecedentes criminais e honesto, está apenas fazendo o trampo dele com a música, não quero e nem devo trazê-lo para dentro disso tudo.

Fiz a minha higiene matinal rapidamente, após o banho frio, coloquei uma calça jeans um tanto destruída, uma camisa de banda e uma jaqueta de couro por cima, colocando os meus óculos como de praxe. E saí porta a fora, indo em direção à garagem. Entrei na minha Lamborghini vermelha e saí correndo como se tal velocidade fosse permitida. Para onde eu vou? Não decidi ainda. Vou parar lá na frente, se der vontade de entrar, eu desço.

Prison BlindersOnde histórias criam vida. Descubra agora