Este é o soneto da morte,
a qual dá risada da sua sorte.
Alguns para ela, mandam beijos
outros sorriem.
Não conseguem desviar o olhar.Hoje, morri.
Foi tão doce, que nem senti.
Depois que faleci, a vi
a linda face que me sorri.Apaixonei-me pela morte...
Justamente, pela maldita morte.
Que arranca os filhos dos braços de uma mãe
e que vai fazer o meu último transporte?
Não é qualquer sentimento:
vem mansinho daqui de dentro
mas depois explode,
é coisa forte.Não é um manto negro com ossos,
muito menos um ser medonho,
mas sim a mulher mais linda,
talvez um mero sonho.Dos cabelos negros,
a foice, sim,
o meu peito se aperta
que sensação ruim.
Uma silhueta de beleza inestimável.Eu quero morrer novamente!
Para pelo menos, mais uma vez, ver a morte,
quem sabe a sorte sorri para mim
ou eu sorrio para a sorte.
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Uivo Cerol
PoesiaPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...