Hoje não

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Passei em frente àsua casa,
mas não entrei.
Foi como seu delirasse
e enfim acordei.
O seu portão, varal da irrealidade
transportava-me para uma crueldade,
aonde meu tempo parava
ao sinal da sinuosidade,
de querer.
Eu vinha bem logo a você
e, só queria te ver,
fiquei louco
sem querer.
Teus cabelos, que ali ficavam
escorriam como rios de tempestades,
nos meus dedos acalantados
por seus beijos
e suas
necessidades.
Você se deitou sobre os meus braços,
que mais que nunca se sentiram fracos
na vontade de te abraçar,
e não te deixar escapar.

Eu quero me esconder de baixo dessa sua saia pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir teu sangue pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixe te trazer num dengo pra num cafuné fazer os meus apelos.

Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora