As fachadas embriagadas,
mal feitas, mal cimentadas,
apagam de leve
a sensação de completude
quando as olho
e penso.
Nos mostram a amarga fala,
do nada.Do que vale construir a imperfeição,
de uma aparência
mantendo e tremendo sob a pressão.
Vale mais viver a vida por levar,
do que ficar preso a essa missão.As mesmas palavras, quase sempre.
Não é que eu seja repetitivo,
é que meu coração é carente
de gente.Vamos reconstruir as sacadas,
deixar os pássaros sumirem,
abrirem as suas asas
e voarem sem rumo
e depois
vamos nos deitar em baixo das escadas.Pular corda,
soltar pipa.
Cirandar,
fazer festa da vida.
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Uivo Cerol
PoetryPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...