Destruir as aparências

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As fachadas embriagadas,
mal feitas, mal cimentadas,
apagam de leve
a sensação de completude
quando as olho
e penso.
Nos mostram a amarga fala,
do nada.

Do que vale construir a imperfeição,
de uma aparência
mantendo e tremendo sob a pressão.
Vale mais viver a vida por levar,
do que ficar preso a essa missão.

As mesmas palavras, quase sempre.
Não é que eu seja repetitivo,
é que meu coração é carente
de gente.

Vamos reconstruir as sacadas,
deixar os pássaros sumirem,
abrirem as suas asas
e voarem sem rumo
e depois
vamos nos deitar em baixo das escadas.

Pular corda,
soltar pipa.
Cirandar,
fazer festa da vida.




Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora