Lenta,
ampulhenta
porque
vontade só aumenta.Paciência!
Não consigo falar,
e o tempo aumenta.Na verdade
só acaba.
E eu a amava...
Não sei
se tenho medo,
só não quero insistir mais.A ampulheta chora areia,
e o tempo se desfaz.
Até ai
eu
já tinha
amado demais.Tempo.
Rebento,
da terra
do morno,
do vento.
Do frio.
Do violento.Do tempo,
em que parei para escrever
de mim,
de nós.
De você!Tudo passa,
e o tempo é massa,
que engrossa
e empaca.
Só quem não passa
é só você.Hoje, é vidro:
sem conserto.
Se quebra hoje,
amanhã não tem mais jeito...
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Uivo Cerol
PoesíaPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...