As lágrimas que esvaecem pela face,
são cobras de água, que dobram num realce.
Parece um ciclo sem fim,
em qual a água do rosto, que cai
acaba voltando para mim.O blues toca nos fones de ouvido.
B. B. King agora é, meu único amigo.
Os solos de guitarra arrepiam,
a cada curva de som,
alguns dos meus membros
parece que atrofiam.Lembro-me dos poucos momentos compartilhados,
e de, inúmeros olhares trocados.
Em consequência disso,
eu me calejo, apaixonado.
Doce olhos escuros
dos quais estou vidrado...Não é que eu não vivo sem gostar de alguém,
de certa forma, posso viver sem ninguém.
Não personifico o amor.
Não é que eu não consiga viver sem,
ele é quem me inspira sem pensar no quê.Lápis bem apontados,
valem mais que algumas pessoas.
Cafés bem quentes,
mais que algumas bocas.
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Uivo Cerol
PuisiPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...