É estranho mudar, de repente.
Cair em estado novo, inconsciente.
E os dias serem iluminados, magnificamente,
como se fossem mentiras ditas,
friamente.
De onde vem tudo isso?
Será que da vida, é, imprevisto?
E dos presídios em brasa
é aonde eu existo?
As cordas, sonoras,
que outrora
gritam nos meus ouvidos,
agora são violinos
da memória
adoráveis porém sinistros.
Em que a mudança se baseia?
Será que é no azul do céu?
Ou no sangue que pulsa nas veias?
No doce toque do mel?
Eu não sei onde me esconder.
Essa vontade imensa que eu tenho de você!
Dentre olhares e abraços,
meu coração se amarrou no seu pé.
Em laço.
De amor,
de pavor,
de traço,
eu, palhaço.
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Uivo Cerol
PoesiaPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...
