Encontro do mar

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O encontro do mar, só.
O vento fraco,
que bate nas folhas verdes dos coqueiros,
das árvores, empório.
Dos pássaros, mensageiro.

Nunca fiquei totalmente sozinho,
por mais que eu me ausente das pessoas.
A natureza
é o leito, ninho
em que repousa todo o carinho.

O mar vagaroso,
que sobre até a areia da praia, num abraço
esconde a solidão de ser imenso.
E sente que se tornou mais um escravo.

A minha vista agora,
é papel celofane.
Por que as lágrimas que caem
embaçam os olhos
me emocionam
e me desgraçam.

Aceito a chuva que desce na praia,
talvez seja a única hora, que o mar se encontra.
Por isso ele se agita. Não é de fúria,
é felicidade hedionda.

Por que ele, com ela, se fazem felizes
mesmo que não se veem sempre.
Quando eles se veem,
se completam
é algo que realmente se sente...

Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora