Um devaneio sobre o céu azul

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Pensava que só eu olhava para o céu
e me emocionava.
Olhava o grande mar azul celeste.
E os inúmeros montes brancos de nuvens.

Me sentia tão pequeno, perante o céu,
talvez, até um réu
de crimes que nem cometi.

Meus olhos brilhavam como estrelas,
com um brilho selvagem,
como o brilho noturno,
o brilho soturno.

E, esse céu, que é único,
companheiro de todo o mundo:
Dos pequenos, dos grandes,
honestos, vagabundos.

É o céu,
o céu que vê os seus pecados
é o mesmo céu que vê os seus desejos.

Quem sabe o grande mar azul do céu,
tenha inveja de todo ser que habita na Terra,
todo possível anseio, de qualquer traço de desespero
que a vida sempre nos dá...

Coitado, do céu azul...
Coitados, dos brancos montes...
Que sem a companhia um do outro,
não são nada além de Carontes,
que vagueiam no rio da morte.



Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora