Nas terras mais longínquas
onde não se tem horizonte,
vivem os seres mais fabulosos
todos longe dos homens.
Desgraçados pela curiosidade,
e uma interminável vontade
de ver de perto esse seres
e comprovar sua verdade.
Os homens vão procurar.
Navegaram, cruzaram os mares.
Peregrinaram, incendiaram
os seus corações
e inundaram
em todas as direções.
Até que um dia chegaram
em uma ilha remota.
Todos se transtornaram
por causa daquela coisa inóspita.
Um homem saiu da mata e disse,
com a voz mais triste que existe
como se fosse de fato,
o mundo que nos redimisse:
Não há mistério nenhum,
sou apenas mais um
que o destino escolheu.
Não existe criatura fantástica,
o próprio monstro sou eu.
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Uivo Cerol
PoetryPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...
