Duvido que nenhum ser,
já sentiu vontade de ter,
de ser algo
que não é.
De se colocar deitado
aonde todos se mantém em pé.
E depois
fingir que já esteve ali,
como uma coisa qualquer.
A inveja que brota do coração,
é como o mais alcoólico absinto,
que transforma a mente
e por incrível que pareça, eu nem sinto.
Queria eu ser alguma pessoa
da qual meu desejo faminto
queima e repousa,
sobre o gelo fino
esperando somente o momento apropriado
para então esfriar.*
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Uivo Cerol
PoesíaPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...