A cobra verde

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Velado sobre seu corpo eu estava.
Parado e estático sobre,
observava.
Apenas suas pernas acariciava,
meus dedos em sua pele cantavam.

O fundo de seus olhos,
eram realmente fundos.
Tão fundos, mais tão fundos,
que neles
pareço
ver o fim do mundo.

A agitação que vem de você,
atravessa as paredes do meu corpo.
Bate de porta em porta, com calor,
e meu coração queima pedindo socorro.

Queria poder ficar.
Queria poder estar.
Os desejos embriagados,
não param de me tocar.

Você! Não sei o que é que tem...
Parece tão singular,
e ao mesmo tempo cem!

O zóio da cobra verde,
Hoje foi que arreparei
Se arreparasse há mais tempo
Não amava quem amei.


Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora