Apago os obscuros costumes,
que envidraçam as nossas almas.
E que, nos ferindo, nos unem,
com leveza insustentável nos casta.Eu não vim por onde eu me escondia,
apenas procuro o que não achei.
Sou mais uma pedra no seu caminho,
será que de algum modo eu encontrei?O dia é nublado, como meu sorriso:
esconde a claridade de um dia feliz.
Sou manequim do ódio, solidão
e de todo quanto mal que habita em mim.A cada passo manco,
um jovem saltimbanco
que tropeça,
e se nega, a aceitar
o que se preza.Queria poder abrir caminho.
Não mais sentir a dor sozinho.Escrevo.
Atento, me atrevo.
Rabisco todo e qualquer papel
de certo dizer,
não é erro.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Uivo Cerol
Thơ caPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...