As ruas dos bairros ricos
são mais valorizadas
que a sua vida.
É estranho
que quando um pobre
morre
ninguém nota
a sua partida.
Exceto alguns amigos
e sua família.
Agora quando
uma pessoa importante
seja qual for a sua vocação
com o seu falecimento
parece chocar uma nação.
É estranho pensar
que nós somos o que temos,
se não temos nada
o que nós valeremos?
A cada pobre que morre,
o que aumenta
é só a estatística
e vivemos como se nada aconteceu
nessa sociedade cinza.
É como um filme ou peça
de teatro,
sempre o mesmo roteiro:
o que morre está sempre em baixo
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Uivo Cerol
PoesíaPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...