O código de barras
te esbarra,
leitores magnéticos
em sua cara.
Números
senhas
transações
operações,
sua vida diária.
Ninguém fala nada.
Obedecer é a questão.
Financiados pelo sistema,
codificando a solidão.
Transformados e alienados,
nunca dizendo não.
As mordaças de notas de Real
falam mais alto.
Sobre o mesmo sol
mas nunca pelo mesmo asfalto
talvez por medo de assalto.
Na hora de pedir quem é que fala mais alto?
O rico bem remunerado
ou o pobre
sem opção
amarrado?
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Uivo Cerol
PoetryPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...