Vagamente

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A música que agora ouço,
é fonte de inspiração.
Maquino contra mim mesmo,
em uma tentativa de ilusão.

Passos vagarosos sobem as escadas.
Falas fúteis colonizam a sacada.
A mente atroz classifica o meu eu selvagem
e o rosto, morto, sinaliza a miragem.

Só vejo dois palmos a meu horizonte,
por que não ligo em ir mais longe.
Os rostos em riso não sabem,
rindo daquele jeito
o mal que me fazem.

Força para que, se já não existe
o psicológico.
É uma tentativa de lidar:
um monólogo.

As minhas mãos estão sujas,
seria bem mais bonito que tudo.
Por que circulam as vozes,
é um caos absoluto.

Queimo a cada minuto,
intuito.
E me apago a cada hora
mudo.

Uivo CerolOnde histórias criam vida. Descubra agora