Estação.
Todo um começo,
meio,
terminação.
Quantas vidas
vividas,
sofridas,
reprimidas
a caminho da condução.
Vidas que começam o dia
que varam as horas
e que terminam
na lotação.
A vendedora de sorvetes
parece lamentar cada passo,
no enfeite,
com a sua curiosidade
observa cada cartaz de informe
cada rosto de procura-se.
O mendigo atravessa o passeio
chacoalhando moedas na mão
com um saco nas costas
se distancia da multidão.
Na estação,quantos rostos
voltados para baixo,
quantos vivos pelo acaso?
Quantos dominados pelo cansaço?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Uivo Cerol
PoetryPublicado originalmente em 2016, se trata de uma coletânea de poesias de caráter autobiográfico contendo essencialmente as observações metafóricas de um jovem poeta. "O sintoma do amor: dor. Como um cardume de piranhas, em pleno sangue fresco, em pl...