Capítulo 55

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Por favor, leiam as notas finais

Eliot Rollins

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Eu me sentia tão, mais tão vazio. Me sentia triste, cabisbaixo e meio perdido. 

Não via Celine há uma semana e meia, mas parecia bem mais tempo. Era como se meses tivessem passado sem ela e essa ausência me fazia tão mal.

Sentia saudades dela, da voz, da risada, do lindo e maravilhoso sorriso. Dos beijos, dos abraços, carinhos e até das mais bobas discussões. Eu queria Celine de volta, mas eu não conseguia ir até ela e dizer isso. Tudo porque ela estava certa, eu não havia dado um fim a minha história com Nora, não havia me livrado da pulseira que ainda me ligava a ela. Pra seguir em frente eu precisava encerrar os assuntos passado.

- Velho. - Miguel falou entrando no quarto - Mary já dormiu.

- Boa.

- Velho você não pode ficar assim.

- Como você quer que eu fique Miguel? Celine terminou comigo.

- É, e você sabe porque. - respondeu me irritando - Se você sente falta dela vai falar com ela.

- Eu não posso. - respondo fechando os olhos - Acho que precisamos de um tempo.

- Ela parece tão infeliz quanto você. - respondeu me fazendo abrir os olhos e olhar para ele - Ela veio buscar o Bear antes de você chegar.

- Entendo. - digo num tom de tristeza. Essa era a parte que mais me doía, Celine me evitar a todo custo.

- Não fica assim, você ainda me tem. - falou se deitando ao meu lado - Sou o sonho de muitas. - nem mesmo o seu humor convencido me anima então apenas me cubro e fecho os olhos - Velho, não fica assim. Tenho certeza que tudo ficará bem.

Eu queria que tudo ficasse bem, queria tudo voltasse ao normal, mas ter isso no momento seria impossível.

As semanas se seguiram normalmente para as pessoas ao meu redor, mas para mim eram dolorosas e sem graça. Eu tentei seguir normalmente, me afundei no trabalho e foquei e Mary que também estava sentindo essa diferença, mas nada disso afastava a dor que Celine havia deixado no meu coração.

Nem mesmo Bear eu via e estava triste por isso. Eu estava tentando seguir em frente, mas estava sendo difícil. Naquela tarde eu cheguei em casa e me deparei com Celine no piano com Mary, fiquei observando as duas tocarem sem notar a minha presença e senti meu coração bater mais forte. Sentia saudades dela, sentia saudade da sua presença e ali estava ela.

Eu não ouvi os latidos de Bear e achei estranho já que ela estava ali e ele não.

- Ela aparece vez ou outra quando você não está. Fica com a Mary para ela não sentir a diferença. - Rose comentou me entregando uma xícara - É café, pensei que tivesse tido um dia cheio.

- Muito, vou dar uma volta. Não quero atrapalhar as duas. - digo já virando de costas para sair.

- Até quando vocês vão manter essa distância? - perguntou curiosa.

- É o desejo dela, só estou respeitando. - respondo fechando a porta.

Se essa distância me machucava? Sim, muito, mas era o desejo dela. Eu estava dando espaço a Celine como ela pediu. Assim como me machucava não tê-la ao meu lado ou vê-la e não ver o seu belo sorriso, minha presença também a machucava. Era melhor assim para nós dois.

Um Presente Chamado Mary ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora