Eliot Rollins
-//-A semana se passou num piscar de olhos e amanhã seria a avaliação da Mary. Dizer que eu estava ansioso era um eufemismo, eu estava surtando e achava que isso estava causando a agitação da minha sobrinha nos últimos dias.
Mary nos últimos três dias acordava agitada, ficava irritada e andava de um lado para o outro o tempo todo.
Aprendi da pior maneira a manter distância em um dos seus surtos. Achei que se aproximar fosse seguro, mas ela não achou e acabou me dando um forte tapa que me deixou em choque, mas logo passou.
- Quando ela estiver assim não a cerque, ela não gosta disso e se sente ameaçada. - Rose falou enquanto a observava da cozinha - Há não ser que ela se coloque em perigo.
Anotei aquilo, mas me senti impotente.
Eu estava nervoso com essa avaliação e sentia que ela também poderia estar e isso me frustrava.
Entrei no meu apartamento e estranhei o quão silencioso ele estava. Não houve nem um latido ou barulho da televisão, louça sendo guardada, absolutamente nada.
Peguei o celular e vi uma mensagem de Rose dizendo que elas estavam no apartamento da Celine. Larguei as minhas coisas no sofá e sai logo em seguida imaginando o porque delas estarem na Celine.
No elevador encontrei o porteiro que sorriu para mim.
- Problemas senhor Abel?
- Não, apenas me pediram para entregar isso a senhora Morello. - disse ao me mostrar o envelope de uma clínica - Ela está esperando isso a manhã toda.
- Deve ser importante.
- Deve sim. - a porta abriu e eu sai dando um até logo ao porteiro que acenou.
Então caminhei até a porta de Celine e dali pude ouvir o velho McDonald tocado em notas de piano.
Mandei uma mensagem para Rose querendo não atrapalhar a canção com o toque da campainha. Ela logo abriu e sorriu.
- Ela está bem? - não me contento em perguntar.
- Sim, só estava muito agitada. Então a Celine sugeriu que viéssemos até aqui já que a Mary gostou de tocar piano. - respondeu fechando a porta assim que eu entrei. Olhei para as duas e vi como ela parecia concentrada e calma - Ela gosta disso, a acalma. - Rose comentou e eu assenti, já havia notado aquilo - Acho que você vai ter que comprar um piano.
- Desde que não seja num leilão.
Ela claramente não entendeu, se fosse a Celine estaria rindo.
- Eu vou no seu apartamento pegar uma coisa, já volto.
- Estaremos aqui. - ela saiu e eu caminhei até o sofá. Celine já havia me notado, mas continuou a tocar. Depois de algum tempo ela finalizou e deixou a Mary tocar as notas que já havia memorizado. Então se juntou a mim no sofá.
- Hey como foi o seu dia? - ela me perguntou colocando as pernas para cima.
- Foi meio estressante. Fiquei pensando na Mary e ansioso para amanhã. Posso fazer uma pergunta?
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Um Presente Chamado Mary ✔
RomanceA vida de Eliot Rolins era perfeita, ou assim ele achava que era até que de repente as coisas mudaram e Nora Miller, sua namorada, o deixou sem mais nem menos, Miguel decidiu trancar a faculdade e ele descobriu que o seu pai, o homem responsável por...