Capítulo 60

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Eliot Rollins
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Tudo estava relativamente normal na minha vida, pelo menos era isso que qualquer pessoa de fora via. Mas no fundo eu me sentia mais inquieto do que a Mary nos seus dias agitados, preocupado com as decisões que eu estava tomando e uma dessas era Nora.

Nós dois estávamos nos vendo com mais frequência, riamos, conversávamos, algumas dessas conversas eram lembranças do passado, passado esse que nunca voltaria e que sobre tudo só evidenciavam o quanto erámos diferentes atualmente e que estávamos aprendendo coisas novas um sobre o outro. Nós não voltamos a nos beijar o que achei ótimo já que eu não me sentia pronto e nem a vontade para levar esse nosso novo relacionamento e a outro nível.

Enquanto a Celine, parecíamos dois casais num dos meus processos de divorcio. Estar na mesma sala comigo era visivelmente incomodo para ela e também estava começando a ser pra mim já que eu não podia sentir o calor que emanava dela e que tanto me agradava, nem abraçá-la e não via mais o seu sorriso, essa era a pior parte não vê-la sorrir nem mesmo de uma forma amigável. Eu sentia que havia apagado o brilho dela e isso me deixava péssimo. Ela ainda estava presente na minha vida, mas deixava claro que era por causa de Mary e até por Miguel, já que eles viraram bons amigos.

Quanto a Miguel eu sentia que ele estava mais distante e quando o confrontei sobre o assunto ele me respondeu com seriedade.

- Não vou me aproximar até sentir firmeza no que você está fazendo.

Presumi que ele ficaria distante, porque nem mesmo eu sabia quando sentiria firmeza nas minhas decisões. 

A única coisa que seguia de forma normal na minha vida era Mary, ela ainda era a mesma de sempre. Não me evitava, nem me confundia. Estava um pouco mais aberta e sempre me deixava deitar ao lado dela no chão do quarto para observar as nuvens dela. 

Ainda bem que eu a tinha, amo tanto essa menina que não tem um dia sequer que eu não agradeça a Robbie por tê-la deixado para mim.

- Toque, toque. - Nora falou colocando a cabeça para dentro da minha sala e sorriu para mim. Eu não conseguia evitar em comparar o sorriso dela com o de Celine, sentia falta daquele sorriso - Vim te sequestrar para o almoço.

- Que ocasião?

- Nenhuma especial, só pensei que seria legal almoçarmos fora.

- É parece bom.

- Seu tom me faz duvidar.

- Desculpa Nora, só estou com a cabeça cheia. Tenho um caso que está me frustrando.

- Se eu puder ajudar. - ofereceu entrando de vez na sala.

- Se você fosse formada em direito talvez, mas como não é não tem como ajudar. Aonde vamos? - pergunto pegando minha pasta, carteira, chaves e celular.

- Num restaurante que tem perto daqui. Tem certeza que está tudo bem irmos? Você está frustrado com esse caso. - diz como se sentisse que algo estava errado com esse caso especifico e eu mentiria se dissesse que não estava.

- Distrair a cabeça vai me fazer bem, vamos? 

- Sim.

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