Capítulo 61

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Nora Miller
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O restaurante estava um caos, mesmo que fosse domingo. O incomum era que os caos não era devido aos clientes, até porque ainda não estávamos abertos, mas sim por conta do caos que estava aqui ontem de manhã e a noite. 

Deixámos pra resolver e limpar tudo hoje, o que Elisa disse que seria uma péssima ideia, deveríamos tê-la escutado já que todos foram convocados para chegarem cedo e arrumas e preparar tudo hoje.

- É sério, da próxima vez que a Elisa disse pra gente não deixar tudo pra última hora, nós a escutaremos. - Cindy falou em meio a um bocejo - Poderíamos ter ficado mais uma hora aqui, não faria diferença.

- Eu avisei. - minha cunhada comentou limpando a bancada dela - Desteto bagunça.

- E as dos seus filhos? - Fabrizzio perguntou.

- Amo a bagunça deles porque sei que eles vão limpar depois, eu detesto deixar a minha bagunça bagunçada.

- Elisa deveria ter estudado filosofia. - Danna comentou descendo as escadas do segundo andar. Ela só não respondeu porque o celular tocou na hora.

- Por que ela é a única que pode usar o celular? - Jean Pierre perguntou com o seu forte sotaque frânces.

- Um ela; ela é uma das donas; dois ao contrário de você ela tem marido e filhos; e três ela é a dona. - Ginna respondeu passando um pano para mim.

- Thomas calma! Respira fundo e me diz o que aconteceu. - pediu calmamente, mas em seus olhos eu pude ver a aflição. Eu larguei o pano e Danna em segundos estava ao meu lado e assim como eu a olhava com atenção e preocupação - Meu Deus! Onde? - era tão obvio no tom e nos olhos dela que algo grave havia acontecido e isso me deixou apavorada - Tá amor, calma. Nós vamos pra lá. - prometeu desligando o telefone e então me olhou. Os olhos dela passava tanta coisa ao mesmo tempo que isso me afligiu ainda mais. Meu primeiro pensamento foi Miguel, já que se tivesse acontecido algo com as crianças a essa altura ela já teria deixado a cozinha sem mais explicações. Mas os seus olhos estavam sobre mim e o meu coração se apertava com medo de que meu menino estivesse em perigo - Nora, o Eliot ele foi levado as pressas para um hospital. - Eliot... - Ele foi baleado e foi levado em estado grave para o NewYork-Presbyterian hospital.

Não...

- Como? - ouço Danna perguntar

- Não importa como, temos que ir. Meu Deus! O Eliot não. - digo em choque e desespero - O que estamos esperando?

- Vão, vamos cuidar de tudo. - Fabrizzio diz e a essa altura eu já estava empurrando a porta da cozinha com as pernas bambas.

Meu carro estava em frente ao restaurante e foi só então que notei que deixei a bolsa com as chaves lá dentro.

- Eu peguei. Eu dirijo. - eu queria protestar e dizer para Danna que não, que eu iria dirigir, mas não tinha condições nenhuma pra isso. Apenas subi no banco do carona e esperei elas entrarem. Durante a maior parte do trajeto eu mandava Danna dirigir mais rápido.

- Pra que? Pra pararmos na emergência acidentadas ou porque atropelamos alguém? - Elisa indagou - Nora o Eliot precisa de nós vivas e não feridas. - então me calei e esperei de forma impaciente chegarmos ao hospital. Quando chegamos Thomas já estava lá com as crianças. Meu irmão estava com o rosto vermelho e aos prantos assim como as meninas. Alison correu para o colo de Elisa chorando dizendo algo incompreensível aos meus ouvidos. 

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