Capítulo 57

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Eliot Rollins
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Três meses se passaram e foi de forma lenta.

Eu estava seguindo com a minha vida, mas uma separação sempre é difícil tanto para quem esta se separando quanto para as partes envolvidas. E as partes que mais estavam tendo problemas para aceitar eram Mary e Bear, sim Bear.

Nós viramos grandes amigos e eu até poderia dizer que meu medo de cachorro diminuiu graças a ele. Mas eu mal o via, Celine fazia de tudo para me evitar inclusive pedir a babá dele para deixá-lo aqui e sempre quando ele vinha eu não estava em casa e quando chegava ele já havia ido.

Rose comentou que o sentia melancólico e pra qualquer um que não tinha cachorro acharia absurdo um cachorro ficar melancólico. Mas Bear estava, ele parecia triste e quando me viu choramingou e eu sensível como sou chorei juntinho.

Era obvio que o meu termino e de Celine havia afetado até mesmo seu cão e isso porque assim como ele fazia parte da minha vida eu fazia da dele e não ter todo esse contato que tínhamos antes estava machucando nós dois.

Quanto a Mary ela percebeu que algo havia mudado, Celine não vinha com frequência a nossa casa e quando vinha era num horário que eu não estava. Ela ainda falava com Mary, a ajudava quando precisava, mas não era a mesma coisa e isso estava afetando o humor da minha sobrinha. Ela ficava mais agitada e sempre encarava a porta como se esperasse que Celine aparecesse, Mary sentia falta dela e isso me deixava mal.

A situação em si estava tão frustrante que eu resolvi dar um fim a ela e mandei uma mensagem para Celine pedindo para conversarmos, mas ela usou a velha desculpa do estou trabalhando outra hora nos falamos. E não foi somente uma vez, mas foram cinco então resolvi ir ao trabalho dela já que aquele era o único lugar que eu conseguiria encontrá-la porque até em casa eu não a achava. 

Fiquei quase meia hora esperando ela voltar do almoço e quando fez meu coração disparou loucamente ao vê-la.

- Eliot. O que faz aqui?

- Precisava conversar com você, mas você está sempre ocupada.

- Muito trabalho. - tentou justificar mexendo na bolsa - Como agora. Podemos conversar depois?

- Não, porque eu sei que você vai fazer o possível para me evitar e o assunto é importante é sobre a Mary e o Bear.

- O que tem eles? - perguntou erguendo a cabeça e mostrou em seus olhos evidente preocupação.

- Podemos conversar na sua sala? - pergunto me sentindo desconfortável com os olhares das pessoas sobre nós.

- Sim. - ela passou por mim e me guiou até a sala. Me sentei em uma das cadeiras e fiquei calado esperando ela se sentar - Então?

- Celine eu sei que terminamos, mas foi somente nós dois. - começo de forma delicada.

- Sim?

- Não quero que se ausente da vida da Mary e não quero ficar ausente na vida do Bear. - explico apertando as mãos - Hoje quando cheguei em casa para almoçar ele estava lá e fez uma festa ao me ver. Sinto saudades dele Celine e toda essa mudança está afetando a Mary.

- Estou fazendo o meu melhor para me manter na vida da Mary.

- Você está fazendo o seu melhor para me evitar. - ela me olha com seriedade e cruzou os braços.

Um Presente Chamado Mary ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora