Nora Miller
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Os dias que se passavam o meu humor variava.
Havia manhãs em que eu acordava dispostas e outras que eu não queria nem sair da cama. Comer, bem, eu mal comia. Só comia quando minha mãe me obrigava, mas nada ficava no meu estomago, eu me sentia mal.
Hoje era uma manhã em que eu não queria sair da cama e foi ali que eu fiquei o restante do dia.
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Durante um jantar com os meus pais minha mãe sugeriu que eu procurasse um psicólogo, uma sugestão que eu achei absurda.
- Por acaso acha que eu estou louca? - indago largando os talheres no prato.
- Isso é preconceito Nora. - minha mãe falou - Psicólogo é para todos.
- Não pra mim. Eu não preciso disso, eu estou bem.
- Continuar dizer isso pra si mesma não vai ajudar em nada e nem diminuir sua dor.
- Sabe o que não vai diminuir? É você querendo me controlar. - respondo deixando a mesa ouvindo as vozes dos meus pais me chamar. Eu apenas os ignorei e subi para o meu quarto, mas eu me sentia tão sufocada ali então sai. Minhas pernas me levaram até o meu coreto e fiquei ali pelo que pareceu horas, minha mente estava vazia assim o meu coração.
Tudo na minha vida era vazio.
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Numa sexta à noite Elisa perguntou se eu poderia ficar de babá das crianças e eu disse que sim. Talvez fosse melhor ter dito não, se antes eu estava animada agora estava desanimada e não era a melhor companhia para os três. Mas cá estou eu indo ficar com os três.
Ava foi a mais animada ao me receber. Alison me deu um oi e continuou a ler seu livro. Adam apenas acenou e voltou a atenção para o vídeo game.
- Eu não vou demorar, então se comportem vocês três e sejam legais com a sua tia. - Thomas pediu e deu um beijo na minha bochecha - Não vou te deixar com eles por muito tempo.
- Ok. - então ele saiu deixando nós quatro sozinhos - O que vocês querem fazer?
- Jogar.
- Ler.
- Eu vou ligar para Paloma. - Ava avisou e eu assenti.
- Ok, vou ficar aqui mesmo. - respondo me acomodando na poltrona de Thomas e fiquei vendo Adam jogar e Alison ler. Qualquer um diria que era puro tédio ficar assim, mas eu não. Eu apreciei aquele momento porque não queria muita conversa com ninguém.
Ava apareceu acho que meia hora depois dizendo que Thomas mandou uma mensagem dizendo que já estava voltando e do nada alguém bateu na porta. Olhei para os três perguntando se eles esperavam alguma visita e eles disseram que não. Ava foi abrir a porta e eu ouvi a voz de Eliot num breve dialogo com ela. Então os olhos dele estavam sobre mim e notei o quão tristes eles estavam.
Alison o abraçou se lamentando sobre o fim do relacionamento dele com a namorada e os dois foram para o escritório. Ava e Adam olharam para mim como se perguntasse se eu estava bem e apenas assenti afirmando que sim.
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Um Presente Chamado Mary ✔
RomanceA vida de Eliot Rolins era perfeita, ou assim ele achava que era até que de repente as coisas mudaram e Nora Miller, sua namorada, o deixou sem mais nem menos, Miguel decidiu trancar a faculdade e ele descobriu que o seu pai, o homem responsável por...