Um Presente Chamado Mary ✔

Capítulo 7

Eliot Rollins

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A tristeza e a melancolia haviam invadido a minha vida e tomado conta do meu ser.

Fazia um mês que Nora havia me deixado, que havia partido o meu coração e deixado tudo o que construímos para trás.

Fazia um mês que eu não voltei para o nosso apartamento. Não tinha estômago ou vontade de estar lá. Estar lá, só iria me trazer lembranças e me atormentaria por conta delas. E tanto Thomas, quanto Summer acharam melhor eu sair de lá.

E eu não contestei, porque haviam muitas lembranças naquele lugar, muitos momentos e muitos sonhos que ainda estávamos construindo. Eram sorrisos estampados nas fotos, decorações que faziam-me me lembrar dela. Foi o apartamento que compramos juntos, foi o lar da nossa família, e estar lá machucava bastante.

Então cá estou eu, no quarto de Jackson o filho da Summer.

Jackson era um excelente companheiro de beliche, ele não me incomodava a menos que fosse necessário. Sempre estava lendo algum quadrinho e bufava quando as irmãs faziam bagunça do outro lado do corredor.

Ele era um garoto inteligente e muito divertido, dividir o quarto com ele era ótimo, pois ele estava me animando.

Eu estava com Summer a três semanas. Minha primeira semana longe de casa foi com Thomas. Alison e Ava fizeram de tudo para me animar, mas eu estava tão triste que nem os carinhos que ganhei da minha sobrinha mais nova me ajudaram.

Fiquei com eles por uma semana e ficaria mais se Nora não tivesse aparecido no apartamento de Thomas em uma manhã de domingo para falar não sei o quê com Elisa. E assim que eu a vi fiz a cena mais patética de todas, implorei para voltarmos.

Antes tivesse pensado melhor naquela idiotice e não fizesse papel de idiota, pois Nora me olhou de forma penosa. E na frente de Ava e Elisa falou que não poderíamos voltar, porque seguir em um relacionamento onde o outro deixou de amar era um erro e esse erro ela não queria cometer.

As lágrimas caíram e Thomas apareceu. Ele brigou com ela, dizendo que ela não deveria ter brincado comigo e etc. E mesmo sabendo que o melhor era separá-los e fazer Thomas calar a boca, eu não fiz, apenas fiquei parado ali com o resto do meu coração na mão olhando para ela que parecia péssima diante as coisas que Thomas falava.

Foi Ava quem pegou a minha mão e me levou para fora da sala. No quarto coloquei as mãos no rosto e chorei.

- Não fique assim tio Eliot, eu prometo que tudo vai ficar bem. - Ava falou baixinho enquanto me abraçava.

Depois daquilo decidi que o melhor era sair da casa de Tom, não queria arriscar encontrar Nora novamente e fazer o mesmo papel de bobo. Então Thomas e Summer concordaram que o melhor era eu ficar com Summer até eu me sentir melhor e eu não pude recusar, primeiro porque nenhum dos dois me deixaria sozinho e segundo se eu ficasse só em um hotel eu com certeza estaria pior. Pelo menos aqui eu tenho companhia e sabia que não estava incomodando, não que eu fosse um incomodo na casa de Thomas, eu sei que eu não era.

Mas a princípio achei que Drew, o marido de Summer, ficaria incomodado em ter outro homem em sua casa, no entanto eu me enganei e ele me tratava bem. Suas filhas também, até arrisco dizer que elas tinham uma queda por mim.