Capítulo 48

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Eliot Rollins

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Era uma bela manhã de domingo, o dia amanheceu ensolarado. Eu não tinha que trabalhar e Celine estava dormindo ao meu lado. 

O conhecido latir de Bear do outro lado da porta me fez dar um beijo na testa de Celine e sair da cama. Ao abrir a porta o encontro sentado no chão com a língua de fora me olhando com expectativa.

- Fome? - ele late e parte em direção a cozinha. Depois de alimentá-lo, ligar a cafeteira e preparar torradas para o café da manhã volto para o quarto e acordo Celine que abre os olhos e olha para o relógio.

- São nove da manhã e é domingo. - reclamou fechando os olhos de novo.

- Eu sei, um dia perfeito. Vamos Cel, tomar café e então parque! - ela abre os olhos e me olha com uma expressão que dizia claramente que aquela não era uma boa ideia, mas eu não me sentia assim, apenas sorri e lhe dei um beijo de bom dia - Por favor.

- Tá. - diz sem nenhum pingo de vontade de sair da cama.

Assim que sai do quarto abri a porta de Mary e vi que ela já estava acordada encarando o teto e suas nuvens e sorri.

- Hey Mary-Nuvem. Vamos ao parque? - pergunto ganhando brevemente a sua atenção - Você pode correr com o Bear.

- Bear.

- Sim, ele está na cozinha tomando café. Vamos? - ela saiu da cama e me acompanhou até a cozinha.  Ela comeu cada torrada que eu colocava em seu prato e bebeu suco duas vezes.

- Alguém acordou faminta. - Celine comentou pegando a xícara que eu lhe oferecia - Obrigada.

Depois de todos estarem de café tomado, roupas trocadas e Bear preso a coleira fomos para o parque próximo de casa e como era de se esperar haviam pessoas ali, mas isso não impediu de Mary sair correndo com Bear logo atrás.

- Isso sim é uma bela visão. - Celine comentou apertando a minha mão.

- É sim, acho que até gosto mais de cachorros.

- Ali um chihuahua.

- Onde?! - ela rir e me puxa em direção a uma árvore para longe daquela terrível fera. Nos sentamos e me encosto na arvore. Celine se sentou ao meu lado e tirou um livro da bolsa - Sério que você vai gastar o seu tempo aqui comigo lendo?

- Tem sugestão melhor? - perguntou de forma sugestiva - Mas corto logo suas asas porque temos que vigiar as crianças?

- Que crianças? Pelo que eu sabia só a Mary veio, o Miguel deve estar com a namorada.

- Estou falando do meu cachorro, ele também é uma criança para mim.

- Tenho certeza que na idade canina dele ele já é um cão adulto.

- Ele sempre será um bebê pra mim. - disse toda manhosa.

Antes de Celine e de Bear, eu não entendia como as pessoas poderiam considerar um animal da família. Eu até me impressionava com Thomas que era tão não toque nisso que é sujo e todo preocupado com as crianças quando elas levavam um dos bichos da classe para casa que ele fosse tão aberto e tão de boa com os gatos que tinha em casa. Me surpreendi quando ele deu Gatinho para Elisa, já que de acordo com ele, eles nunca teriam um animal de pelos em casa porque tinha medo que as crianças tivessem alguma alergia. Agora eles tem dois gatos um mais peludo do que outro e os tratava como se fosse da família e de certa forma eram.

Assim como Bear era como um filho para Celine e se tornou parte da minha pequena família. E vê-lo correr com Mary como se não tivesse nada melhor no mundo e isso era perfeito.

Celine se aconchegou nos meus braços enquanto lia seu livro e eu fiquei observando os dois de longe me sentindo em paz. Isso me fez lembrar de meses atrás, com o coração despedaçado depois que Nora terminou comigo.

Nora... eu já não pensava nela com tanta frequência. Não sentia mais magoa ou tristeza pelo que aconteceu entre nós. Meu coração ainda batia por ela, mas não de uma forma tão intensa quanto o da mulher nos meus braços.

Celine... Celine havia se tornado uma pessoa tão importante na minha vida, me levando a caminhos novos diferentes. Erámos tão parecidos, mas ao mesmo tempo tão diferentes e ao lado dela eu me sentia bem mais leve, mais feliz. Com ela eu não planejava o que fazer no futuro, apenas vivíamos o presente e ela me fazia feliz até nos momentos triste. Como? Eu não tinha ideia e o mais importante, ela estava aqui, comigo e com a Mary.

Então por que eu ainda usava essa pulseira? Eu não sabia, mas não sentia mais que precisava usá-la, então a tirei e a guardei no bolso. Ainda não me sentia pronto para jogá-la fora. Jogá-la fora parecia cru demais para tudo o que já vivi e construí ao lado de Nora. Então tomei a decisão de que quando ela finalmente voltasse eu devolveria isso a ela e seja lá que ela decidisse fazer com isso seria uma decisão dela e não minha.


N/A: Olá meu povo, esse capítulo iria sair ontem, mas a autora aqui ficu vendo filme e quando foi ver já era tarde. Então gente eu tenho planos de postas dois capítulos na semana tudo porque eu preciso finalizar o livro porque ele tem prazo e as minha aulas voltam em fevereiro. Então vou tentar manter esse cronograma. Na minha cabeça já está tudo escrito, planejado e finalizado, mas só na cabeça mesmo.

Isso é tudo pessoal, me desculpem pelos erros, beijos e até a próxima!!!

Ps: O próximo capítulo será da Nora.

Um Presente Chamado Mary ✔ Onde histórias criam vida. Descubra agora