Eliot Rollins
-//-Duas idas ao tribunal, quatro clientes em um dia e acessoria para os estagiarios. Meu dia estava sendo puxado.
Minha cabeça estava começando a doer e os meus olhos estavam ardendo. Sinais da minha noite em claro. Por causa dos dois casos que eu tive que apresentar e defender no tribunal passei a noite em claro e a única coisa que eu queria no momento era fechar os olhos e dormir, contudo tinha mais um cliente para ver.
Às vezes, raras digasse de passagem, eu me arrependia de ter escolhido essa profissão, mas como diria minha tia todo trabalho é trabalhoso, não existe um menos cansativo, e olha ela estava certa.
- Com licença senhor Rollins.
- Sara, eu já te falei para me chamar de Eliot.
Acho que isso nunca vai mudar, Sara sempre me chamar de senhor Rollins ou Doutor Rollins, nunca pelo nome.
- Desculpa é força...
- Do hábito, eu sei. Mas como posso te ajudar?
- A mim não, mas a Kesley pediu para eu te entregar isso. É do caso de uma senhora Morgan.
- Certo. Obrigado. - agradeço pegando a pasta da sua mão.
Senhora Morgan, a mesma que eu convenci a algumas semanas a deixar o marido agressor depois daquele dia da profissão no colégio da Mary. Ela fez extamente o que eu pedi, pegou as coisas e a filha e saiu enquanto ele trabalhava, foi a policia e fez o boletim de ocorrência, então eu entrei com uma medida preventiva que agora estava em vigor.
- Acho o seu trabalho lindo, não é qualquer um que pega casos assim. A maioria acreditar no proverbio de briga de marido e mulher ninguém mete a colher.
- Ai que está o erro das pessoas, isso só dá margem para o agressor. As pessoas devem sim se meter, denunciar é a melhor opção.
- Eu sei, mas muitas delas não tem coragem.
- Eu entendo, eu já estivesse desse lado da corda. - respondo deixando a pasta aberta na mesa - Minha mãe tinha medo do que seria de nós caso se separasse do meu pai, o maior receio dela era me deixar desabrigado. Não é muito diferente da situação de várias mulheres, algumas tem a ilusão de que ele vai, mas eles não mudam. Uma vez agressor sempre agressor.
Eu tinha bastante autoridade sobre o assunto, passei por isso, vi e ouvi e até sei de cor as desculpas que o meu pai dava a minha mãe.
Foi culpa da bebida, você sabe que eu te amo e amo a nossa família. Fica amor. Você realmente quer ir embora? Se for ele fica, eu não vou permitir que o meu guri passe a noite na rua, quer mesmo isso?
Eu ainda ouvia sua voz dando cada uma dessas desculpas.
- Eu já vou, boa sorte com os seus casos. - olhei para minha pilha de casos e percebi que eu precisaria de sorte para tentar resolver tudo aquilo hoje, mas seria impossível.
-//-
Finalmente em casa, mas infelizmente com minha pasta cheia.
- Eliot que bom que você chegou. - Rose disse colocando um copo na frente de Mary - Beba querida, é suco de maçã. Você adora suco de maçã. - Mary estava sentada no chão com as perna enfiadas debaixo da mesinha de centro com o caderno aberto e olhos fixos nele.
- Oi Rose, vocês tiveram um bom dia?
- Sim.
- Cadê o Bear? - perguntei sentindo falta do cão que sempre me recebia na porta e pulava em cima de mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Presente Chamado Mary ✔
RomansaA vida de Eliot Rolins era perfeita, ou assim ele achava que era até que de repente as coisas mudaram e Nora Miller, sua namorada, o deixou sem mais nem menos, Miguel decidiu trancar a faculdade e ele descobriu que o seu pai, o homem responsável por...